Jerónimo de Sousa pede mais CDU para assegurar soluções para os problemas
Num almoço com utentes da Casa do Povo do Cercal do Alentejo, Jerónimo de Sousa defendeu um aumento das pensões e a implementação de uma rede de equipamentos públicos de apoio aos idosos.
«Abrir caminho a uma outra política ao serviço do povo»
Naquele concelho do Litoral Alentejano, o membro do Comité Central do PCP criticou «os insuficientes aumentos» das reformas e pensões em Janeiro deste ano, decididos pelo Governo de maioria absoluta do PS, que «não permitem fazer face aos elevados preços dos bens e serviços essenciais» e «não repõem o poder de compra».
De seguida, advertiu para a «chuva de promessas» à «porta» das eleições legislativas de 10 de Março. «Amanhã, quando se apanharem no poleiro, passa a ser tempo de justificar o porquê de não se cumprirem as promessas feitas. Um filme muito repetido no passado», assinalou Jerónimo de Sousa.
A CDU defende que as reformas devem aumentar de forma extraordinária em 2024, garantindo 7,5 por cento de aumento, com um mínimo de 70 euros e com efeitos retroactivos a Janeiro, incluindo a quem se reformou no ano passado; medidas de controlo dos preços dos bens essenciais; a valorização do Complemento Solidário para Idosos, elevando o seu valor de referência e o pagamento em 14 meses; promoção do investimento numa Rede Pública de Lares; garantir o direito à mobilidade e ao transporte público, assegurando a gratuitidade do passe para todos os cidadãos com mais de 65 anos; acesso a uma rede de equipamentos e serviços de qualidade.
Valorizar quem trabalha
Quinta-feira, 22, nos Serviços Intermunicipalizados de Águas e Resíduos (SIMAR) de Loures e Odivelas, o antigo Secretário-Geral do PCP reclamou «uma política alternativa que valorize quem trabalha», sendo «fundamental» a revogação do sistema integrado de gestão e avaliação do desempenho na Administração Pública (SIADAP), um «instrumento travão da progressão na carreira».
Outras prioridades passam pelo «aumento geral e significativo de todos os salários» e «pôr fim à realidade dos três milhões de trabalhadores que ganham até mil euros de salário bruto por mês». «Por isso defendemos que se avance com a valorização das carreiras e das profissões, e com o aumento dos salários em 15 por cento, com um mínimo de 150 euros», salientou Jerónimo de Sousa, medida que deve avançar «agora» e «não em 2028» como apontam PS e PSD, «para que em Maio se garanta que nenhum trabalhador em Portugal ganhe menos de mil euros». De igual forma, é preciso «dar resposta à situação de centenas de milhares de trabalhadores sujeitos a elevadas cargas horárias, ao trabalho por turnos e laboração contínua, à precariedade e instabilidade permanente» e garantir que quem descontou durante 40 ou mais anos veja consagrado o direito à reforma sem penalizações, tal como garantir a reposição da idade da reforma aos 65 anos», acrescentou, concluindo: «É na nossa força, nos nossos votos, nos nossos deputados que estão as soluções, as medidas, as saídas».