Paulo Raimundo valoriza o papel dos enfermeiros
O PCP recebeu, sexta-feira, na sua sede nacional, José Carlos Martins e Célia Matos, dirigentes do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), que, a pouco mais de um mês das eleições legislativas, remeteu aos vários partidos políticos, um manifesto sobre o estado actual da enfermagem e onde constam as suas reivindicações.
No final do encontro e em conferência de imprensa, Paulo Raimundo, Secretário-Geral do PCP, começou por valorizar o papel dos enfermeiros, «gente com uma grande dedicação, reconhecida pelos utentes», que, todos os dias, «veste a camisola» do Serviço Nacional de Saúde (SNS). De seguida, destacou a «grande sintonia de opiniões» entre o PCP e o SEP nas respostas que é necessário dar para assegurar o «presente e o futuro» do SNS.
«Para valorizar o trabalho e os trabalhadores da saúde», o Partido avança, no seu Programa Eleitoral, com a necessidade de fixar e aumentar o número de profissionais de saúde no SNS, valorizando as suas carreiras, aumentando as remunerações base e promovendo a opção de dedicação exclusiva para os médicos e enfermeiros – com a majoração de 50 por cento da sua remuneração base e o acréscimo de 25 por cento na contagem do tempo de serviço –, podendo ser alargada a outros profissionais de saúde em carência no SNS. Fundamental é, também, incentivar a fixação de profissionais em zonas carenciadas através de um regime específico de reforma antecipada, assim como da atribuição de um apoio para as despesas com a habitação.
A delegação comunista era ainda constituída por Jorge Pires, da Comissão Política do Comité Central (CC), Miguel Madeira, do CC, e Leonor Barão, da Direcção da Organização Regional de Lisboa.
PPP ameaçam o SNS
Também José Carlos Martins destacou o «necessário combate» à «perspectiva de destruição, desmantelamento ou desorganização» do SNS, «anunciada por vários partidos, desde logo com a passagem ou criação, de novo, das parcerias público-privado (PPP)». «Todos sabemos que as PPP enquadravam-se na gestão de hospitais novos» e que «se fosse o Estado a geri-los, com os mesmos recursos, teriam as mesmas ou melhores garantias de resposta à população», salientou. Como exemplo, referiu os «enormes prejuízos» das PPP na Inglaterra e em Espanha.