Nestas iniciativas, em que participaram Margarida Botelho e Gonçalo Oliveira, respectivamente, do Secretariado e da Comissão Política do Comité Central do PCP, reafirmou-se a necessidade de investimento nos serviços públicos (como a saúde ou os transportes), bem como da valorização do Interior, em particular, dos distritos de Vila Real e Bragança.

Chaves não se rende, o SNS não se vende
Num contexto onde valências do Hospital de Chaves (como a urgência de pediatria) estão sob ataque, ao qual se soma o desinvestimento no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e dos seus profissionais por parte da política de direita, a CDU realizou, na manhã de dia 20, um desfile pelas ruas da cidade de Chaves, onde Paulo Raimundo, acompanhado pelocabeça de lista pelo círculo de Vila Real, José Luís Ferreira, contactou com a população.

Ali, ocandidato emembro do Conselho Nacional do PEV esclareceu que «os problemas que o SNS está a atravessar não são fruto do acaso», mas sim de políticas de favorecimento dos grupos económicos, com cortes e fecho de serviços.

O Secretário-Geral do PCP defendeu que se deve ir contra o caminho de desinvestimento e ataque do SNS, pondo fim ao desvio de recursos do Estado para o negócio da doença – oito mil milhões de euros só este ano. «O PS roubou as bandeiras da direita», apontou, pedindo mais força à CDU para salvar o SNS.

Ao lado dos trabalhadores
Mais tarde, o Secretário-Geral comunista, acompanhado por Fátima Bento, primeira candidata pelo círculo de Bragança, esteve com os trabalhadores da fábrica Faurecia, na capital deste distrito. Uma empresa importante para a região, onde o PCP e a CDU têm intervindo regularmente na valorização dos trabalhadores, e que já resultou na conquista do direito ao transporte público gratuito para se deslocarem às instalações da fábrica. Uma luta por mais direitos que não parou e que, tal como foi ali reafirmado por Paulo Raimundo, tem a CDU como força sempre ao lado dos trabalhadores.

A ferrovia pelo desenvolvimento do Interior
Neste dia, Paulo Raimundo fez ainda uma declaração sobre o Plano de Mobilidade do Tua: um projecto que prevê a reactivação de um troço ferroviário com 39 quilómetros, em que o Estado entregou 10 milhões de euros a um grupo privado, e que deveria estar concluído em 2017. Após anos a falar sobre o desenvolvimento do Interior, aquilo que ali «temos» é «um comboio [que não anda] dentro de uma tenda», criticou, afirmando que, ao contrário da acção de sucessivos governos, o projecto da CDU passa por uma verdadeira aposta na ferrovia.

Reforçar a CDU
Após um jantar em Vila Real, aprimeira intervenção coube à candidata Júlia Carvalho, que alertou para o grave problema da perda populacional na região (20 por cento em alguns concelhos). José Luís Ferreira avançou com algumas «soluções», como a defesa do ambiente, a fixação de pessoas no campo e a aposta nos mercados tradicionais. Mariana Silva apontou a necessidade do regresso do PEV à Assembleia da República.

Porque 10 de Março «é já aí», Paulo Raimundo acentuou que «há muita gente disponível» para ouvir propostas do PCP e do PEV, que passam por aumentar os salários, reformas e pensões, acabar com as parcerias público-privadas, apoiar as micro, pequenas e médias empresas, entre muitas outras áreas.

A iniciativa terminou com um momento musical da parte de Paulo Vaz de Carvalho.