José Dias Coelho evocado
No dia 19 de Dezembro, quando se cumpriam precisamente 62 anos sobre o seu assassinato pela PIDE, o PCP realizou na Biblioteca de Alcântara, em Lisboa, uma iniciativa de homenagem a José Dias Coelho, artista plástico, militante comunista e exemplo de dedicação, coragem e entrega à causa dos trabalhadores e do povo.
Aos 32 anos, José Dias Coelho aceitou trocar uma vida cheia de promissoras perspectivas profissionais para, na actividade clandestina, como funcionário do PCP, integrar a frente de combate pelo derrubamento do fascismo, em defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo português. Foi aos 38 anos que a ditadura fascista lhe ceifou a vida – violenta e cobardemente.
«É um dos camaradas que nos honram e que queremos guardar para sempre como património da nossa luta colectiva e da luta do nosso povo, património que incorpora os valores de Abril», assinalou Miguel Soares, do Comité Central, na iniciativa que contou também com um momento cultural. «No momento em que evocamos e homenageamos José Dias Coelho e o seu trajecto de combate é, também, o tempo próprio para alertar para a necessidade de intensificar a luta contra o revisionismo histórico que branqueia e banaliza os crimes de fascismo, fomenta o anticomunismo e promove o obscurantismo cultural», acrescentou.
Antes da sessão, foi colocado um ramo de cravos vermelhos junto ao local onde ocorreu o crime, assinalado com uma placa evocativa.