Murais colectivos de azulejos arrancam na Festa do Avante!
«Cumprir» é o mote dos dois murais colectivos de azulejos, com concepção artística de Miguel Januário, que serão instalados em Lisboa e no Porto no próximo ano. A primeira oficina aberta deste projecto terá lugar na Festa do Avante!.
O PCP oferece os dois murais às cidades de Lisboa e do Porto
O desafio está lançado a personalidades de diversas áreas de intervenção, bem como à população em geral: «conceber um azulejo que ilustre o desígnio de projectar os valores de Abril e, desde logo, cumprir a Constituição da República Portuguesa, numa dinâmica que é, em si mesma, um espelho da construção colectiva, de massas, da Revolução e das suas conquistas», afirma o PCP através de uma nota do seu Gabinete de Imprensa datada de dia 14.
Os dois murais colectivos de azulejos serão instalados junto às estações do Rossio, em Lisboa, e de Campanhã, no Porto. Os murais são ofertas do PCP às respectivas cidades, articuladas com as respectivas câmaras municipais, e «pretendem ser uma afirmação de liberdade, democracia e progresso, valorizando ainda esse elemento relevante do nosso património». O projecto deverá estar concluído no início de 2024.
Para a construção destes objectos artísticos, realça ainda a nota do PCP, «terão lugar oficinas abertas, a primeira das quais na Festa do Avante!», já marcada para sábado, 2 de Setembro, às 10h30, no Espaço de Lisboa (junto ao Espaço Criança). As outras oficinas realizam-se posteriormente, em Lisboa e no Porto, em datas a anunciar.
O projecto «Cumprir» tem concepção artística de Miguel Januário, consagrado artista nascido no Porto em 1981. Licenciado em Design de Comunicação e doutorando em Design na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, foi colaborador do espaço de intervenção cultural Maus Hábitos e director artístico da Ivity Brand Corp, sendo actualmente Head of Art for Sustainability no CeiiA.
Militante do PCP, é autor do ±MaisMenos±, projecto de intervenção que se tornou uma referência nacional e internacional de arte urbana. Para além da componente «ilegal e urbana do seu trabalho», sublinha a nota, já apresentou o seu projecto em vários espaços culturais, em Portugal e em muitos outros países. O ±MaisMenos± foi também objecto de conferências e palestras públicas e académicas.