Novo Hospital do Oeste tem de responder às necessidades
Recentes anúncios sobre a localização do novo Hospital do Oeste não são claros sobre as medidas necessárias para a sua concretização, gestão e capacidade de resposta às necessidades das populações.
Novo hospital é uma urgência que aguarda solução há mais de duas décadas
Lusa
O ministro da Saúde anunciou, no dia 27 do mês passado, que o novo Hospital do Oeste vai ser construído na Quinta do Falcão, no Bombarral (distrito de Leiria), num prazo estimado de cinco anos. Esta nova unidade deverá substituir o actual Centro Hospitalar do Oeste, que serve os concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval, Lourinhã e parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra.
No entanto, apesar de positivo, para o PCP este anúncio agora feito pelo Governo «necessita ser acompanhado por medidas concretas que garantam a sua concretização nos moldes necessários à efectiva solução» das necessidades das populações. Segundo as direcções das Organizações Regionais de Lisboa (DORL) e Leiria (DORLEI) do PCP, que reagiram ao anúncio num comunicado conjunto, o ministro da Saúde não deixou claras as medidas necessárias para a concretização do hospital, em particular no que concerne à decisão no Conselho de Ministros e ao Orçamento do Estado para garantir a sua construção e gestão públicas.
Segundo as organizações regionais, o PCP há muito que tem afirmado a urgência da construção e funcionamento de uma unidade com mais de 400 camas, que alargue as especialidade e valências já existentes e garanta capacidade de internamento que não existe hoje em várias especialidades. Para os comunistas, a construção de um novo hospital deve ser, de igual forma, acompanhada pela intervenção urgente nas instalações do actual Centro Hospitalar, visando a manutenção destas infra-estruturas em domínios diferentes como os cuidados de saúde primários e de retaguarda.
Quanto ao modelo de construção e gestão, a DORLEI e a DORL reafirmam a importância de rejeitar a Parceria Pública Privada que «PS, PSD, Chega e IL têm vindo a propor». O PCP assegura que o serviço às populações só se garantirá com um modelo de construção e gestão pública, com autonomia e a participação de profissionais e utentes.
A necessidade de atrair e fixar médicos, enfermeiros, técnicos e outros profissionais mantém-se como outra exigência que exige medidas de fundo como valorização de salários e carreiras.