«Viver melhor na nossa terra» em Carnide
No âmbito da campanha «Viver melhor na nossa terra», nos dias 23, 24 e 25 de Fevereiro, a CDU esteve na freguesia de Carnide, em Lisboa, em contacto com os moradores, para falar sobre habitação, transportes e mobilidade, educação, segurança e associativismo, na defesa do direito à cidade. Entre outros activistas e eleitos nos órgãos autárquicos, estiveram presentes João Ferreira, Ana Jara (vereadores) e Fábio Sousa, (presidente daquela Junta de Freguesia).
O primeiro dia ficou marcado com uma deslocação, na parte da manhã, à Escola Básica 1 Luz/Carnide, ouvindo a comunidade escolar, conhecendo os seus problemas e os seus anseios. À tarde, estiveram à porta da estação do Metro Colégio Militar, a defender a ligação das estações do Metro de Telheiras a Carnide/Colégio Militar e o necessário alargamento dos horários das carreiras da Carris à noite e ao fim-de-semana.
No dia 24, a CDU esteve nas áreas urbanas de génese ilegal (AUGI) de Azinhaga da Torre do Fato e Azinhaga dos Lameiros e na Esquadra de Carnide, que se encontra encerrada e que a população exige a sua reabertura. No sábado, 25, os activistas e eleitos contactaram com os moradores do Bairro Padre Cruz, que têm alertado para vários problemas, nomeadamente a falta de manutenção dos prédios sob gestão da Gebalis, a necessidade de requalificação dos equipamentos públicos, a exigência de um parque público para os terrenos da ex-feira popular, a necessidade de mais e melhores transportes públicos e a implementação da rede gira até ao Bairro.
Bairro do Condado
Simultaneamente, no dia 24, os moradores do Bairro do Condado, em Marvila, realizaram, pela terceira vez, uma vigília para exigir «obras imediatas» da Câmara de Lisboa (CML) que resolvam a situação de degradação em que se encontram as suas habitações, todas de propriedade municipal. Numa deliberação aprovada por unanimidade, dá-se conta, entre outras medidas, da convocação dos moradores para participar na reunião pública da CML de 29 de Março; da elaboração de um memorando dirigido ao Presidente da República, convidando-o para uma visita a alguns lotes do Bairro; da realização de uma nova vigília a 31 de Março.
Póvoa de Varzim
No dia 25, o PCP realizou uma tribuna pública dedicada aos problemas de habitação, com Alfredo Maia, deputado na Assembleia da República. Ali ouviram-se depoimentos de famílias que são despejadas por incomportáveis aumentos de renda, de quem se vê obrigado a partilhar casa com várias pessoas porque os salários não chegam, de quem vê o rendimento familiar ser absorvido pelo aumento brutal das taxas de juro.
Travar a subida das prestações bancárias e fixar um limite máximo em 35 por cento do rendimento do agregado familiar; revogar a Lei dos «Despejos» (NRAU); impedir despejos em função de penhora ou execução de hipoteca; alargar o parque habitacional público e promover o parque habitacional a custos controlados (através do movimento cooperativo, sector social e mutualista); posse administrativa de habitações devolutas por fundos imobiliários; limitar a possibilidade de fundos imobiliários adquirirem habitações; limitar o uso de habitações para alojamento local, são algumas das propostas do PCP para fazer cumprir o direito constitucional à habitação, mas que foram rejeitadas por PS, PSD, Chega e IL.