A 11.ª Assembleia da Organização do Sector dos Seguros, realizada no passado dia 26, no Centro de Trabalho Vitória, em Lisboa, discutiu e aprovou uma resolução política, que contemplou diversas propostas de alteração, elegeu uma nova direcção e ainda procedeu a uma intensa caracterização económica e social do sector.

De acordo com a avaliação realizada, mesmo depois de anos marcados pela epidemia de COVID-19, os lucros dos grupos seguradores têm sido astronómicos. Ainda este ano, no final do primeiro semestre, estas empresas alcançaram o valor líquido de 320 milhões de euros. A concentração de capital em detrimento da valorização salarial, a intensificação da exploração e a precariedade são realidades que, alicerçadas nos ataques aos direitos laborais e sindicais, se têm vindo a agravar.

Quanto ao reforço da organização do Partido no sector, questão amplamente discutida, foram delineadas várias medidas, entre as quais: reunir o órgão dirigente, as células de empresa e a célula dos reformados do sector com maior regularidade; aumentar a venda do Avante! e de O Militante; retomar a regularidade da distribuição dos documentos à porta das empresas; criação de uma comissão de fundos para dinamizar e diversificar as fontes de receita do sector; procurar manter todos os militantes com a quota em dia e continuar o trabalho pela sua valorização; aumentar a venda da EP para a Festa do Avante! e envolver mais militantes e amigos no seu processo de construção.

O novo órgão directivo, eleito com apenas uma abstenção, é composto por 14 camaradas, dos quais quatro entram pela primeira vez no organismo, dois são reformados, 12 estão no activo e vários estão inseridos em organizações representativas de trabalhadores.