Defender direitos sindicais no Metro e na Primark

A Fectrans acusa a administração do Metropolitano de Lisboa de limitar direitos sindicais. Numa nota emitida no dia 3, a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações, da CGTP-IN, acusa a empresa de, através de um acto administrativo, procurar impedir a participação de muitos trabalhadores nos plenários sindicais, com o argumento dos serviços mínimos.

Para a Fectrans, a administração entende que é mais importante limitar dirietos sindicais do que resolver o conflito laboral em curso e «tomar medidas para a prestação de um serviço público com qualidade nos comboios e estações». E recorda que «sempre os sindicatos garantiram os serviços mínimos nos termos da lei, quer nas greves, quer nos plenários, pelo que a posição da administração é ilegal e sem fundamento».

Mesmo partindo do argumento invocado, a necessidade de outros serviços mínimos, a lei «não lhe dá qualquer direito de os definir unilateralmente». Pelo contrário, esclarece a estrutura sindical, «tinha que pedir a intervenção da DGERT – Direcção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho, para haver um processo de discussão dos mesmos». Esta é mais uma prova, garante a Fectrans, de que esta administração «não quer resolver qualquer conflito laboral».

Também na Primark se luta em defesa dos direitos sindicais. No dia 31, o departamento de Recursos Humanos tentou impedir a realização de um plenário dos trabalhadores da loja de Braga. Estes, porém, «não desarmaram e realizaram o plenário à porta das instalações, como já aconteceu previamente», valoriza o CESP.

O sindicato do sector do comércio e serviços acusa ainda a empresa de ter tentado boicotar o plenário «afixando um comunicado dizendo que o CESP não cumpriu os procedimentos legais» para a sua convocação. Esta alegação é «uma mentira», realça o CESP, lembrando não ser a primeira vez que naquela loja do grupo Primark «se tenta bloquear a liberdade sindical. Os trabalhadores conquistaram o direito a reunir, direito esse protegido constitucionalmente».




Mais artigos de: Trabalhadores

Realidade confirma urgência de lutar para aumentar salários

A CGTP-IN reagiu à divulgação pelo INE dos dados da inflação, que atingiu em Outubro os 10,2 por cento, reafirmando a justeza e a necessidade de elevar a luta pelo aumento dos salários, a valorização dos direitos e o controlo dos preços.

Militares e policias exigem negociação real com o Governo

Várias estruturas associativas e sindicais de profissionais das forças de segurança e de militares das Forças Armadas decidiram promover uma iniciativa concertada em Lisboa, no dia 19, para exigir do Governo «justiça salarial» e «negociação formal e real». A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP),...

Professores e educadores exigem respeito e soluções

A greve nacional de professores e educadores, realizada no passado dia 2, teve uma adesão de 80 por cento, revelou a Fenprof, que exige respeito pelos docentes e considera «indefensável» a proposta de Orçamento do Estado para a Educação.

Enfermeiros em greve nos dias 17, 18, 22 e 23 de Novembro

Perante a não evolução da tutela no sentido da reposição de retroactivos a todos os enfermeiros, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) decidiu intensificar as acções de reivindicação e marcou uma greve nos dias 17, 22 e 23 de Novembro. O SEP considera ser «inaceitável» a proposta do Ministério da Saúde...

Os direitos são para todos independentemente da origem

«Todos os cidadãos, independentemente da sua nacionalidade ou origem étnica, têm a mesma dignidade e os mesmos direitos, que devem ser salvaguardados e defendidos em todas as circunstâncias», defende a CGTP-IN num comunicado divulgado a 31 de Outubro, sobre a nova vaga de trabalhadores timorenses no País. Relacionando...

Greve expressiva nos CTT revela indignação crescente

Os trabalhadores dos CTT estiveram em greve nos dias 31 de Outubro e 2 de Novembro, exigindo a reposição do poder de compra perdido, a valorização das condições de trabalho e a prestação de um melhor serviço público.

Luta continua na EMEL por salários dignos

Trabalhadores da EMEL concentraram-se junto aos Paços do Concelho, faz hoje uma semana, para reivindicar um aumento salarial «digno». A Secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha, participou e interveio na concentração. Em causa está a decisão unilateral do Conselho de Administração da...

Resistir aos retrocessos na Altice

Activistas sindicais da Altice, concentrados no passado dia 2 em Lisboa, junto à sede da empresa, anunciaram a realização de um dia de luta nacional para 9 de Dezembro. Os moldes que esta jornada assumirá está ainda por denifir, revelam os sindicatos que a convocam, entre os quais se contam os que são filiados na...