Para a Conferência que se realiza no Pavilhão do Alto do Moinho, em Corroios, Seixal, sob o lema «Tomar Iniciativa. Reforçar o Partido. Responder às novas exigências», é necessário discutir o projecto de resolução que será submetido a discussão e votação finais, e eleger os delegados, efectivos e suplentes. E é justamente isso que tem ocorrido, demonstrando a profunda democracia interna que distingue o PCP dos demais partidos.

No distrito de Aveiro, os militantes de Arouca e de Santa Maria da Feira participaram numa reunião e num plenário, nos quais, além de uma apreciação globalmente positiva do documento, assumiram os compromissos de aproximar o colectivo aos problemas concretos dos trabalhadores e da população, dando seguimento às questões mais urgentes e sentidas e intervindo sobre elas e em comunicação com as massas, e de procederam a pelo menos um recrutamento.

Vincar a defesa da Paz, a necessidade de desvinculação do País dos critérios Euro e de o Partido tomar a iniciativa de propor a limitação das taxas bancárias, foram outras questões suscitadas.

Ainda no distrito de Aveiro, os comunistas de Águeda também abordaram na discussão a necessidade de ligar o Partido às massas laboriosas e reforçar a organização, mas deram particular atenção à degradação do Serviço Nacional de Saúde, já que este é um problema muito sentido no concelho.

A Sul, no distrito de Beja, foram promovidas já sete assembleias plenárias com um total de 77 participantes, que legeram 12 delegados efectivos e outros tantos suplentes.

Sintetizando um rico e profundo debate, em destaque estiveram questões relacionadas com o reforço do PCP, tendo, inclusivamente, em algumas organizações, sido logo tomadas medidas de fortalecimento do colectivo com a responsabilização de militantes, decidido convocar assembleias, definidas metas de recuperação de quotização em atraso, recrutamento de militantes e difusão e venda da imprensa partidária.

Em todas as reuniões realizadas, e particularmente nas de célula de empresa, foram discutidas as questões da luta e mobilização, desde logo para o próximo dia 15 de Outubro, mas também se abordaram necessidades de trabalho relacionadas com a intervenção local e autárquica.

Avançar

Igualmente no âmbito da preparação da Conferência Nacional, a organização concelhia de Vila Real do PCP realizou um plenário, no Auditório do Arquivo Distrital. Participaram 26 militantes, que elegeram quatro delegados (efectivos e suplentes) e expressaram concordância geral com a proposta de resolução, designadamente com as linhas de trabalho prioritárias que perspectiva para o futuro.

Não obstante, colocaram acentos tónicos em algumas matérias, tais como a necessidade de se trabalhar para valorizar a intervenção do PCP e adequar a comunicação por forma a torná-la mais facilmente assimilável, ou ir ainda mais longe na defesa do acesso à saúde.

No distrito de Braga, por seu lado, decorreram já as assembleias de Guimarães e Vizela, de Barcelos e Amares, de Braga, Vila Verde, Póvoa de Lanhoso e Vieira do Minho, de Fafe, Celorico de Basto e Cabeceiras de Basto. O aumento do custo de vida, a luta e as iniciativas que são precisas levar a cabo, em diversos domínios, para repor o poder de compra de quem trabalha e conquistar uma vida melhor, perpassaram todas as discussões.

Outras questões suscitaram especial atenção nas discussões ocorridas, desde logo as carências sentidas pelos trabalhadores e a população ao nível da habitação, dos transportes e mobilidade, dos serviços públicos, alvo de ofensiva permanente com vista à sua desfiguração e desmantelamento, assim como a necessidade de valorizar os salários e as pensões. Mas também a urgência de fortalecer o PCP como prioridade decisiva, recrutando mais militantes, a começar entre aqueles que participaram nas listas da CDU às autarquias locais, aumentando a venda e alcance do Avante! e aprofundando a assimilação colectiva de que cabe a cada membro do Partido divulgar as suas propostas, objectivos e projecto.