Nacionalização da TAP defende futuro do País

ESTRATÉGICO «A TAP deve constituir um importante instrumento para o desenvolvimento do País, e não um apêndice de uma qualquer companhia aérea estrangeira», insiste o PCP.

A TAP não pode estar dependente da UE nem refém dos privados

LUSA


O Partido reiterou a sua posição quanto ao futuro da companhia aérea portuguesa depois de o Governo ter anunciado «que obteve por parte da Comissão Europeia a autorização para, mediante a apresentação de um plano de “reestruturação” da TAP e a sua aceitação pelos accionistas privados, recapitalizar a empresa até a um valor máximo de 1200 milhões de euros».

Ora, «o futuro da TAP não pode estar dependente nem das imposições da União Europeia (claramente empenhada em promover a concentração da propriedade no sector da aviação civil, favorável às grandes potências e ao grande capital), nem refém dos interesses dos accionistas privados da empresa, os quais já se revelaram incapazes de a defender», considera o PCP, que em nota de imprensa divulgada dia 11 sublinha ainda que «a dimensão estratégica da TAP e o seu papel ao serviço do desenvolvimento do País só será assegurado mediante a propriedade, controlo e gestão pública da empresa».

O Partido concorda que «a profunda degradação da situação financeira da companhia, resultante da paragem da sua actividade e da acumulação dos efeitos de opções de gestão contrárias aos interesses do País, exige que a TAP seja recapitalizada, quer para assegurar os seus compromissos actuais com os trabalhadores e fornecedores, quer para assegurar o seu desenvolvimento futuro». Todavia, reitera que «o que é inaceitável é que os recursos mobilizados para a sua recapitalização não sejam acompanhados simultaneamente da transformação dessa entrada de capital em garantia de controlo público e nacionalização da empresa».

Por outro lado, «a admissão por parte do Governo da entrada da Lufthansa no capital da TAP constitui um motivo acrescido de preocupação», realça também o PCP, para quem «a TAP deve constituir um importante instrumento para o desenvolvimento do País – na coesão territorial, nas exportações, no turismo, na articulação com a produção nacional, na valorização dos trabalhadores da empresa, na soberania – e não um apêndice de uma qualquer companhia aérea estrangeira, o que significaria a sua destruição enquanto companhia aérea de bandeira», e é nesse sentido que o Partido garante que «continuará a intervir para que a TAP, assim como a SPDH, sejam colocadas ao serviço dos interesses do povo português e inseridas num projecto mais global de desenvolvimento do País».




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