CM do Barreiro não protege
A Célula do PCP dos Trabalhadores das Autarquias do Barreiro acusa o executivo municipal de não ter garantido a protecção dos funcionários durante o período mais crítico do surto epidémico e de manter várias falhas nesse aspecto. Como exemplo, são dados os trabalhadores da recolha de resíduos sólidos urbanos «que estiveram sempre a trabalhar», mas a quem faltavam máscaras e álcool gel, tendo estes sido distribuídos somente depois da intervenção do Sindicato dos Trabalhadores das Autarquias Locais.
Também os motoristas dos SMTCB continuam a laborar sem que as normas de higiene e segurança sejam observadas, não apenas pela carência na reposição de máscaras e álcool gel, mas porque, com a redução dos serviços e carreiras, «não têm forma de controlar a entrada de passageiros nos autocarros».
O PCP denuncia, ainda, que «no “Nicola”, a maior parte dos trabalhadores começou a trabalhar com horários desregulamentados no dia 11 de Maio, sem máscaras e sem álcool gel», e «para cúmulo dos cúmulos, passados dois dias, distribuíram viseiras e uma caixinha com o logótipo da Câmara Municipal do Barreiro (com um custo total de sete mil euros) que trazia meia barra de sabão oferecido por uma empresa do concelho».
Acresce que «as condições daquelas instalações são deploráveis» e colocam «os trabalhadores em risco permanente», situação incompreensível na medida em que, no início do mandato, a CMB veio anunciar que os trabalhadores iriam passar para as instalações do LIDL em Santo André, o que ainda não sucedeu apesar de o negócio estar feito e a autarquia já pagar «cerca de 9 mil euros por mês».