O Par­la­mento in­vi­a­bi­lizou o pro­jecto de re­so­lução do PCP que re­co­men­dava a ur­gente sal­va­guarda e re­a­bi­li­tação da Casa da Pesca, em Oeiras. A ini­ci­a­tiva foi chum­bado pelos votos do PS e a abs­tenção de PSD e Ini­ci­a­tiva Li­beral. A favor vo­taram as res­tantes ban­cadas.

Si­tuada na Quinta do Marquês de Pombal, a Casa da Pesca é um edi­fício do sé­culo XVIII, com ele­vado valor pa­tri­mo­nial, que foi clas­si­fi­cada mo­nu­mento na­ci­onal em 1940, e que se en­contra em ele­vado pro­cesso de de­gra­dação.

«A si­tu­ação a que chegou a Casa da Pesca é de facto pre­o­cu­pante: dé­cadas de aban­dono e actos de van­da­lismo têm de­la­pi­dado o pa­tri­mónio – parte dele já em es­tado de ir­re­cu­pe­ra­bi­li­dade, no­me­a­da­mente os seus azu­lejos, pelo que im­porta re­cu­perar o que resta», afirmou o de­pu­tado co­mu­nista Du­arte Alves ao apre­sentar a ini­ci­a­tiva da sua ban­cada.

Com ela se pre­tendia, em con­creto, as­se­gurar que o Es­tado cumpre o seu papel de ga­rantir a efec­tiva  re­cu­pe­ração da­quele va­lioso pa­tri­mónio, no quadro do pro­to­colo que en­tre­tanto foi fir­mado em Ou­tubro pas­sado com a Câ­mara Mu­ni­cipal de Oeiras.

Não menos im­por­tante, para o PCP, é a ga­rantia do usu­fruto pú­blico da­quele con­junto, tendo em conta até an­te­ri­ores ex­pe­ri­ên­cias ne­ga­tivas que são co­nhe­cidas, como foi o caso, também em Oeiras, da Quinta Real de Ca­xias, que acabou in­te­grada no pro­grama RI­VIVE, lem­brou Du­arte Alves, in­sis­tindo por isso na ne­ces­si­dade de que «isso não acon­teça».