CDU vota contra retrocesso no concelho de Almada
OPOSIÇÃO Dando continuidade a um conjunto de obras lançadas pela CDU, com um ano de atraso, o plano e orçamento da Câmara Municipal de Almada para 2019 esconde a visão que o PS tem para o futuro.
O PS, sem rasgo de imaginação e criatividade, está perdido
Em Almada, a CDU votou contra as propostas de opções do plano e orçamento para 2019 da Câmara e Serviços Municipalizados de Água e Saneamento por considerar que as mesmas «não defendem os interesses e anseios dos almadenses, por não integrarem matérias estratégicas muito relevantes para o desenvolvimento do concelho, acentuando o caminho de retrocesso do primeiro ano do mandato do PS».
«Mais uma vez, a forma como o PS conduziu o processo de construção e apresentação dos documentos junto dos eleitos da oposição confirma o desrespeito e, sobretudo, a ausência de vontade de aceitar os contributos que, seguramente, melhorariam as condições de vida dos almadenses», acusa a Coligação PCP-PEV, em nota divulgada no dia 9.
Neste concelho, em 2019 «volta a não haver diminuição do Imposto Municipal sobre Imóveis» (IMI), apontam os eleitos comunistas e ecologistas, lamentando o «não» aprofundamento do «futuro do Plano Director Municipal, das Áreas Urbanas de Génese Ilegal ou do Programa de Reabilitação Urbana». Em matéria de habitação, também não se vislumbra a continuidade do «realojamento da população das Terras da Costa» e não estão integrados «os instrumentos de trabalho», desenvolvidos pela CDU, «com vista ao realojamento das pessoas do 2.º Torrão».
Mobilidade
A Coligação PCP-PEV saúda «a criação do passe social único para a Área Metropolitana de Lisboa a preços mais acessíveis, reivindicação muito antiga da CDU para o alargamento e a redução dos preços do Passe Social Intermodal, e já inscrito no Orçamento do Estado para 2019, mas que em discussões anteriores contou com o voto contra do PS na Assembleia da República».
No entanto, «nada se propõe» ao Governo para a resolução da degradação dos barcos da Transtejo ou sobre a construção do apeadeiro/estação da Fertagus em Vale Flores ou sobre a urgência que há na construção da travessia Barreiro/Chelas, «obra importante para aliviar a pressão sobre a Ponte 25 de Abril».
A CDU lamenta, de igual forma, que nada se diga sobre a «necessidade urgente» de abertura da A2 entre Corroios e a Cruz de Pau, «absolutamente fundamental para retirar milhares de viaturas no acesso à Ponte 25 de Abril a partir da Rotunda do Brejo e Centro Sul»; a reabilitação da 377 na Charneca; a eliminação das portagens na A33; a abertura da Rotunda da Praça do MFA no centro de Almada.
PS de costas voltadas para os almadenses
Para a CDU, o que está inscrito nas áreas da educação, cultura, desporto, movimento associativo popular e juventude «é manifestamente insuficiente», o que compromete «o desenvolvimento de actividades de criação e fruição culturais».
Na higiene urbana, «depois de um ano perdido, com a interrupção, no início do actual mandato, do programa já lançado pela CDU, o PS, pressionado pela população e pelos trabalhadores, propõe-se agora colocar as responsabilidades nas freguesias».
«De costas voltadas para os almadenses – da frente Atlântica, da frente Ribeirinha ou do interior do concelho – o PS, sem rasgo de imaginação e criatividade, está perdido no tempo e perdido para as oportunidades que se oferecem a Almada e à Área Metropolitana de Lisboa. Está de costas voltadas para o futuro», acusa a Coligação PCP-PEV.