JCP cresce nas faculdades de Lisboa
No sábado, 17, o Centro de Trabalho (CT) Vitória, em Lisboa, acolheu a 19.ª Assembleia da Organização do Ensino Superior de Lisboa (AOESL) da JCP. Sob o lema «Por um Ensino Superior com futuro, massificar a luta, reforçar a organização», esta assembleia foi construída a partir da intervenção dos jovens comunistas nas faculdades de Lisboa, procurando conhecer a realidade e as aspirações dos estudantes.
A discussão permitiu aprofundar o conhecimento sobre a situação, bem como traçar as linhas de trabalho para a intervenção neste espaço e para o reforço da JCP, elemento essencial para dar mais força à luta por um Ensino Superior justo.
Saudação à luta
Na AOESL foi aprovada uma saudação às lutas dos estudantes do Ensino Superior, «batalhas» que «permitem transformar o futuro».
No documento alerta-se para «as fracas condições materiais e das infra-estruturas», como acontece na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, antigas instalações da Escola Superior de Dança e Escola Superior de Teatro e Cinema.
Os jovens comunistas criticam, também, as «tentativas de repressão e intimidação a estudantes que distribuem documentos de carácter política nas faculdades», como acontece na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, e a «expulsão de alunos com propinas em atraso das salas de exame», como se verifica no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas.
Estas são situações que se verificam um pouco por todo o País. São «milhares de estudantes que não têm condições em residências, com bolsas em atraso, forçados a trabalhar para pagar os estudos e com as suas vidas muito dificultadas pelas condições precárias do Ensino Superior», refere o texto da saudação.
Àqueles que pensam que «não vale a pena» lutar e que «nada irá mudar», a JCP dá como exemplo a reposição do desconto de 25 por cento do passe sub23 e o congelamento do valor máximo das propinas e a descida do preço das propinas para 856 euros, perspectivada para o próximo ano lectivo. Estas medidas foram alcançadas pela luta dos estudantes, aliada à acção institucional do PCP no quadro da Assembleia da República.