Sob o lema «A Cultura sai à rua! 1% por todos e para todos», na segunda-feira, 19, centenas de pessoas estiveram concentradas no Rossio, em Lisboa, para reclamar a «atribuição de 1% dos Orçamentos do Estado (OE) à Cultura como patamar mínimo» e a «fixação de 1% do PIB (Produto Interno Bruto) para a Cultura como objectivo a alcançar gradualmente».

As reivindicações constam de uma petição, lançada durante a acção, que pode ser assinada em https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=culturaumporcento. Para os subscritores, o Estado tem a obrigação constitucional de «assegurar o direito de todos à Cultura, à sua criação e fruição, promovendo os meios que realizam esse direito».

No protesto, convocado pela Plataforma Cultura em Luta, Ana Mesquita, deputada na Assembleia da República, lembrou que o PCP foi o único partido que nesta legislatura apresentou uma proposta no sentido da Cultura ter 1% do OE, também em 2019, garantindo condições para uma outra política de criação e democratização cultural, de afirmação da soberania e da identidade nacional, de respeito e valorização dos trabalhadores da Cultura.

O Partido propôs, igualmente, entre outras medidas, a reactivação do programa ProMuseus, de apoio aos museus municipais, o aumento do financiamento da Cinemateca e do Arquivo Nacional das Imagens em Movimento, a dotação de cinco milhões de euros para apoio às artes, verba para a renovação dos fundos documentais das bibliotecas públicas e a reactivação das itinerâncias culturais das bibliotecas.