O Secretário-geral do PCP esteve sábado, 15, de visita às Festas da Moita, onde foi recebido, a exemplo de anos anteriores, com fortes manifestações de apreço e simpatia. Durante cerca de uma hora, nos espaços de maior aglomeração de pessoas e de mais forte animação, foram muitos os que quiseram cumprimentar e saudar o líder comunista.

Acompanhado por eleitos autárquicos da CDU, nomeadamente pelos presidentes da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia da Moita, Rui Garcia e João Miguel, respectivamente, pelos membros dos organismos executivos do Comité Central José Capucho e Margarida Botelho, por dirigentes comunistas locais e regionais e outros militantes comunistas e simpatizantes, Jerónimo de Sousa foi inúmeras vezes interpelado por populares.

A meio da visita, em resposta a perguntas dos jornalistas, falou da questão da nomeação do Procurador-Geral da República, considerando «lógico» que tanto o Governo como o Presidente da República convoquem os partidos para emitirem a sua opinião.

Por outro lado, comentando o anúncio do Governo de que haverá a contratação de novos trabalhadores para a Administração Pública mas não aumentos salariais, o responsável comunista lembrou que há dez anos que estes trabalhadores não recebem qualquer aumento. Sem a crítica do Secretário-geral do PCP não passou ainda o pacote de alterações à legislação laboral proposto pelo Governo e aprovado, antes das férias, em convergência com o PSD e o CDS, designadamente o aumento do período experimental de trabalho, o qual «só aumenta a precariedade», acusou.