Gestos para surdos
No dia 17, frente ao ME, reuniram-se dois terços dos professores de Língua Gestual Portuguesa (LGP), para apoiarem a exigência de criação de um grupo de recrutamento específico, no regime de contratação de docentes. Na iniciativa, promovida pela Fenprof e pela Afomos (Associação de Profissionais de Língua Gestual), integrou-se também a Federação Portuguesa das Associações de Surdos. Representantes das três estruturas foram recebidos por assessores do ministro, que remeteram uma decisão para o final do processo negocial, no dia 20, onde o ME não atendeu estas reivindicações.
Numa nota sobre a concentração, a Fenprof explica que, por não haver grupo de recrutamento, os docentes de LGP são contratados como técnicos superiores especializados e sem direito a estabilidade. Colocados muito depois do início das aulas, são despedidos todos os anos, alguns há mais de duas décadas, e recebem salários apenas por nove ou dez meses. Têm horários de trabalho desregulados, não lhes é reconhecida a função docente e não têm acesso a carreira profissional.