Exige-se medidas excepcionais
O PCP comentou, numa nota do seu Gabinete de Imprensa emitida no dia 10, o surto de legionella detectado no concelho de Vila Franca de Xira (e que, até à hora do fecho da nossa edição, tinha já matado cinco pessoas e afectado mais de 200). Para o Partido, está-se perante uma «situação muito grave cuja dimensão está longe de ser conhecida, já que se desconhece o universo de pessoas infectadas, tendo em conta que o período de incubação da doença pode ir até 10 dias». Exige-se, assim, o reforço de meios, quer na detecção da origem do problema quer no tratamento dos doentes infectados.
Este surto pôs em evidência um conjunto de «insuficiências verificadas na intervenção do Ministério da Saúde e do Ministério do Ambiente», denuncia o PCP, para quem estas insuficiências resultam das políticas restritivas que têm vindo a ser implementadas. O PCP, lembra-se no comunicado, há muito que chama a atenção para esta situação.
No concreto, há problemas nas urgências (equipas insuficientes, profissionais esgotados, falta de meios de diagnóstico, falta de camas para internamento), com os doentes a esperarem horas para serem atendidos, como sucedeu no Hospital de Vila Franca de Xira. A eventualidade de este surto ocorrer em simultâneo com um surto gripal provocará certamente um «aumento muito significativo de atendimentos nas urgências, já de si saturadas». O PCP garante que, face a este surto e a esta eventualidade, o Governo «não pode deixar de tomar um conjunto medidas, independentemente dos custos financeiros, de reforço das equipas, mesmo que para tal seja necessário recorrer à contratação de profissionais de saúde».
Reforçadas devem ser, também, as equipas do Ministério do Ambiente responsáveis pela detecção do foco de infecção, controlo das águas e torres de refrigeração.