Negócios milionários
Da «razia» no investimento e da «venda ao desbarato» de empresas e sectores públicos falou o deputado comunista Bruno Dias. Ao proceder a tais cortes no investimento público (1000 milhões de euros) e ao insistir no programa de privatizações, o Governo «liquida as possibilidades de o Estado intervir para a recuperação, o crescimento económico e o desenvolvimento do País», criticou, vendo simultaneamente neste opção a «entrega de mão beijada ao capital de um património que é de todos».
Cortes no investimento a somar a outros anterior, com tudo o que isso implica de recessão, desemprego, condenação do País ao atraso e à dependência. E que se traduz também na «incapacidade de manter ou recuperar sectores produtivos e capacidade produtiva para satisfazer as necessidades do País e do seu desenvolvimento.
Para Bruno Dias, a dimensão desta regressão está bem espelhada no facto de o investimento público a preços correntes estar a níveis inferiores aos de 1995, altura em que representava 4,2% do PIB, quando hoje representa 1,9% do PIB. Recordado foi ainda que a queda desde 2011, com este Governo, é de praticamente um terço, ficando o investimento reduzido a um papel residual, «com um prejuízo incalculável para o País».