Na apresentação pública das candidaturas, que decorreu, no dia 7, no Auditório dos SMAS de Sintra, Pedro Ventura deixou um compromisso: «Inverter a espiral descendente em que o concelho foi colocado, bem patente na perda acentuada de relevância económica, social e cultural que se verificou nos últimos anos, espelhada nas ruas ou na tinta escrita das estatísticas».

Na sua intervenção, o actual vereador na autarquia garantiu que a CDU assumirá os princípios do «trabalho», da «honestidade» e da «competência», sempre «a pensar nas populações e no desenvolvimento do concelho», e valorizou o trabalho realizado, «com grande dedicação», nos últimos 39 anos, por Lino Paulo, Felício Loureiro, Jaime Mata e Baptista Alves, entre muitos outros, autarcas eleitos pelo PCP.

«Esta candidatura, ao contrário das outras, não será apenas de um candidato ao qual tudo se é submetido, mas sim de uma equipa de homens e mulheres que, candidatando-se à Câmara, à Assembleia Municipal e às freguesias, darão corpo a este projecto de mudança. Uma equipa em construção, onde estarão comunistas, ecologistas e muitos independentes, e gente sem partido, mas que quer tomar partido por Sintra», sublinhou Pedro Ventura, que, entre outras medidas, propôs a manutenção dos SMAS de Sintra, da HPEM e da EDUCA como serviços públicos de qualidade.

O cabeça de lista à Câmara Municipal deixou, por isso, uma palavra especial para os trabalhadores do município – dos SMAS, das empresas municipais – que têm sido atacados nos seus direitos durante os últimos governos. «Coragem! A CDU está convosco em todas as lutas pela defesa de uma função pública dignificada, na qual todos trabalham para o bem-comum», afirmou, frisando que a CDU estará empenhada «na defesa dos seus postos de trabalho».

Energia criativa

Quando o País atravessa tempos de grandes dificuldades, Pedro Ventura propôs para Sintra a valorização do Poder Local democrático, das freguesias e do seu papel central junto das populações, a criação e manutenção do emprego, o crescimento económico, o desenvolvimento local, o tecido empresarial existente, as associações e os movimentos de cidadãos.

De igual forma, a CDU promete dinamizar o turismo, o património histórico e a cultura, proteger o parque natural, desenvolver toda a orla costeira e apostar no reforço dos serviços prestados à população e na implementação de uma verdadeira política social inclusiva.

Esta candidatura, segundo o actual vereador, vai ainda lutar pela manutenção da linha de comboios de Sintra como serviço público e estará sempre presente na denúncia dos cerca de 120 mil utentes sem médico de família e na defesa da construção de um hospital público em Sintra.

«Esta candidatura apela à juventude para que não desista do seu concelho, tal como não deve desistir do seu País. E que com a sua energia criativa, a sua participação plena nos ajude a dar a volta ao descalabro em que nos encontramos», sublinhou Pedro Ventura.

Combater a alternância

Por seu lado, António Filipe salientou que «Sintra precisa de mais CDU», após «mais de três décadas e meia de alternância da presidência da Câmara entre o PS e o PSD/CDS». «Nas últimas décadas, aumentou a população e aumentou a importância relativa do concelho, que se assumiu como o segundo maior concelho do País. Mas não melhorou a qualidade de vida como poderia e deveria ter melhorado», criticou o deputado à Assembleia da República, lamentando que em Sintra, como no resto do País, «a alternância entre o PS e a coligação PSD/CDS já deu o que tinha a dar e o que deu não foi bom». «Os tempos difíceis por que passa o nosso País e o nosso concelho exigem uma alternativa que acabe com essa nefasta alternância. E essa alternativa existe, como a CDU», acrescentou.

É por isso que, disse António Filipe, «nas próximas eleições autárquicas o povo português vai ter uma oportunidade decisiva para, com o seu voto, escolher autarcas que sejam merecedores da sua confiança e, ao mesmo tempo, derrotar os partidos e os políticos responsáveis pela desgraçada situação em que o País se encontra».

«Não vão faltar nestas eleições, em Sintra, candidaturas de direita. Candidaturas apostadas em ocultar as suas responsabilidades pela situação do País e do concelho. Candidaturas partidárias, com candidatos em comissão de serviço. Candidaturas ditas independentes, que sob o manto diáfano de uma suposta independência fabricada à pressa, reflectem desavenças partidárias, escamoteiam responsabilidades e servem ambições pessoais. E nem falta uma candidatura que, sob o símbolo e a sigla do PS, é liderada por um dirigente histórico do CDS», descreveu o candidato à Assembleia Municipal.

A terminar, António Filipe referiu: «O nosso candidato a presidente da Câmara, o Pedro Ventura, reúne todas as condições para liderar a alternativa de mudança que propomos para o concelho de Sintra. Tem toda a nossa confiança e merece toda a confiança das populações. É uma honra integrar a sua lista e lutar pela sua eleição».