Servir o povo e o País
Após a apresentação dos candidatos da CDU por Beja, pelo mandatário da candidatura, João Rocha, bem como dos dirigentes regionais e locais do PCP e dos seus aliados, como em todas as iniciativas deste dia, o cabeça de lista pelo distrito e deputado, João Ramos, salientou que esta candidatura «continua a dar à região garantias de desenvolvimento que esperamos há 35 anos, e apresenta ao eleitorado as propostas de que o povo e o País precisam, garantindo que o distrito de Beja tenha futuro».
Sublinhando a necessidade de uma regionalização que crie a Região Administrativa do Alentejo, João Ramos referiu a importância das autarquias e do poder local democrático, e destacou o grande contributo que o Alentejo pode dar à produção nacional, enunciando as suas potencialidades.
As propostas da CDU para o distrito assentam em três vectores fundamentais: as energias renováveis, a extracção de minério e a agricultura.
No campo das energias renováveis, a CDU reivindica que também se invista na investigação e desenvolvimento, produzindo-se também, na região, os componentes necessários.
Quando às explorações mineiras, é exigido que se acabe com as concessões a empresas privadas dos recursos minerais da região, garantindo que essa produção e riqueza passem a estar ao serviço do povo e do País, «e não dos interesses e da ganância das empresas estrangeiras».
É com o mesmo propósito que a CDU propõe uma nova reforma agrária, salientou o candidato, entre aplausos dos apoiantes. «Não podemos aceitar que o Alentejo tenha deixado de ser considerado “o celeiro da nação” para passar a ser o lagar dos espanhóis», considerou.
João Ramos também recordou a necessidade de criação e melhoria de serviços públicos de Saúde, de Educação e de apoio social e cultural, considerando que a sua concretização «passa pela luta contra objectivos exclusivamente economicistas».
A esquerda vencerá!
Em Pias, Jerónimo de Sousa elogiou a entrega das instalações da cooperativa «A Esquerda Vencerá» à freguesia de maioria CDU, desde que a cooperativa foi destruída, garantindo que as suas instalações continuem ao serviço da população.
O presidente da junta de freguesia, José Augusto, explicou ao Avante! como a mal famigerada Lei de António Barreto, então ministro da Agricultura no primeiro Governo constitucional, em 1976, de maioria PS/CDS, iniciou a destruição da reforma agrária e forçou o fim desta cooperativa que chegou a garantir mais de 300 postos de trabalho e uma variada produção que serviu o País, garantiu postos de trabalho, contribuiu para o aumento da produção e criou riqueza. Desde então, a freguesia tem garantido que o património imobiliário de «A esquerda vencerá» esteja disponível para todas as iniciativas que a população pretenda realizar.