Mais de uma centena de dirigentes e delegados sindicais, membros de comissões de trabalhadores e outros organismos representativos dos trabalhadores em Braga subscreveram, na semana passada, o seu apoio à candidatura da CDU no distrito.

Na iniciativa de apresentação desta primeira «tranche» de apoios, que decorreu na Casa dos Crivos, em Braga, com dezenas de pessoas, Adão Mendes, Coordenados da União de Sindicatos de Braga saudou a candidatura da CDU e lembrou que agora «é tempo» de assegurar o seu reforço, «como forma de garantir a defesa dos direitos dos trabalhadores».

Perante uma sala completamente cheia, Agostinho Lopes, cabeça de lista pelo distrito, agradeceu o apoio expresso por aquelas pessoas «com as quais nos cruzamos tantas vezes à porta das empresas, em reuniões de trabalho, na luta de massas dinamizadas pela CGTP-IN» e recordou que da parte do Grupo Parlamentar do PCP «tudo foi feito para não esquecer nem deixar cair em saco roto os problemas dos trabalhadores do distrito».

«Por exemplo, das quase 400 perguntas feitas ao Governo, cerca de um terço foi sobre questões relacionadas com despedimentos, lay-off, precariedade, não atribuição de subsídios de desemprego, atropelos aos direitos, etc.», ilustrou, lembrando que uma das últimas perguntas que fez ao Executivo foi sobre o «escândalo que constitui a tentativa do Grupo Mello, o grupo privado que explora o Hospital de S. Marcos, de sanear 39 trabalhadores dos quadros de pessoal do hospital».

Agostinho Lopes sublinhou ainda a importância destas eleições num quadro em que PS, PSD e CDS se submeteram a um pacote que para «aos trabalhadores traz a factura grande, com a liberalização e o embaratecimento dos despedimentos, com a redução do tempo de duração e o valor do subsídio de desemprego, com o congelamento de salários e pensões, com os aumentos dos preços, com o aumento dos impostos».

Já Amélia Lopes, mandatária da candidatura, fez um forte apelo à participação de todos e à mobilização popular para a manifestação promovida hoje pela CGTP-IN .

No apoio expresso à CDU, os trabalhadores referem que é «necessária» e «urgente» uma nova política ao serviço dos trabalhadores e do País, e, para tal, «é imprescindível o aumento significativo de votos e a eleição de mais deputados pela CDU, para a construção de uma verdadeira alternativa com uma política patriótica e de esquerda que dê um novo rumo ao País».