Privado é pior e mais caro
O PCP está a sensibilizar os utentes da Linha de Sintra da CP para os riscos inerentes à sua privatização, incluída no PEC 2 e no Orçamento do Estado para 2011. A campanha foi lançada no dia 10, numa conferência de imprensa realizada na estação de de Massamá que contou com a presença de Bruno Dias, deputado e membro do Comité Central.
Num comunicado que estão a distribuir aos utentes, intitulado Não à privatização da Linha de Sintra, os comunistas lembram que as experiências europeias de privatização de caminhos-de-ferro «se têm saldado por uma redução da qualidade do serviço prestado, por um aumento generalizado de tarifas e por um aumento dos acidentes». Em Londres, por exemplo, o caso foi tão grave que o governo britânico se viu forçado a nacionalizar de novo essas linhas.
Ao mesmo tempo que por toda a Europa se discute o reforço da mobilidade ferroviária e cresce o número de utentes, em Portugal tal não tem sucedido. A experiência de linha privada existente na Área Metropolitana de Lisboa, a Fertagus – que assegura a travessia ferroviária do Tejo – apresenta custos mais elevados para o Estado e para os utentes. No verso do comunicado, prova-se esta realidade: o preço pago por quilómetro é cerca do dobro daquele que é cobrado na CP.
No comunicado destaca-se ainda os «diversos investimentos públicos que melhoraram a qualidade do transporte ferroviário na Linha de Sintra», encontrando-se de momento outros em curso, nomeadamente a quadruplicação da via férrea e a construção da estação de Massamá/Barcarena.
A campanha consta ainda da recolha de assinaturas contra a privatização. As acções vão prosseguir e para o dia 7 de Abril está marcado um comício para a estação de Queluz, às 18 horas.