A hora é de resistência
Num comunicado do secretariado da célula nas empresas do grupo TAP, o PCP alerta os trabalhadores para as movimentações do Governo e da administração com vista à privatização da TAP. Recentemente, o presidente da empresa Fernando Pinto acompanhou o Governo ao estrangeiro, «qual caixeiro-viajante, para tentar “entregar” a empresa aos privados e assim activamente colaborar num processo visando a sua destruição como empresa estratégica de Portugal».
Esta privatização, acrescenta o PCP, a ir por diante, comprometeria a «importância de uma empresa estruturante e de bandeira da economia nacional numa qualquer empresa regional, subordinada aos interesses e estratégia de um grupo onde fosse integrada». A concretizar-se, estariam em risco os postos de trabalho e o País perderia a sua empresa de bandeira, que «serve os vários pontos do território nacional, as diversas comunidades espalhadas pelo mundo e os diversos países de expressão oficial portuguesa».
No comunicado, os comunistas denunciam ainda que foi já anunciada a forma como o Governo e a administração pretendem concretizar o roubo dos salários aos trabalhadores do grupo TAP. Apesar de não terem explicado, acrescenta a célula, qual a razão do roubo: «É preciso mais dinheiro para “estoirar” na VEM? É preciso mais dinheiro para pagar aos especuladores e aos “ladrões” do BPP e do BPN?»
Para o PCP, a hora é de «resistência e de luta». Desta forma será possível impedir o roubo dos salários e a privatização da empresa, como sucedeu com a Swissair.