Ataque de Israel a frota humanitária

Crime não pode ficar impune

O PCP condenou com veemência o que classifica de «criminoso massacre» perpetrado por militares israelitas contra a «Frota da Liberdade» em missão de ajuda humanitária ao povo palestino e reiterou a exigência do fim do bloqueio ilegal à Faixa de Gaza e o fim da ocupação israelita em territórios da Palestina.

Numa declaração política proferida em nome da bancada comunista, o deputado José Soeiro expressou a mais viva repulsa pelo bárbaro crime cometido pelos militares de Israel, a mando do seu governo, defendendo que o mesmo «não pode ficar impune».

O que se passou é de tal modo grave que a bancada do PCP entende que não se pode condenar este crime apenas pelo «uso excessivo da força contra alvos civis», como fez o Governo de José Sócrates, ou pelo «uso desproporcionado da força», como invocou o governo dos Estados Unidos da América.

«Este não pode ser apenas mais um crime a juntar a tantos outros cometidos contra o povo palestino pelas forças militares de Israel (…) e que infelizmente se tornaram banais e foram ficando na impunidade por parte da comunidade internacional, de tão frequentemente cometidos», sublinhou José Soeiro.

Entendendo que «é preciso dizer basta», que «é preciso impor a Israel o respeito pelo direito internacional» e que «é preciso acabar com as conivências dos EUA e da União Europeia», o deputado do PCP assinalou ainda que a comunidade internacional «não pode continuar a usar dois pesos e duas medidas», exigindo por isso que devem ser aplicadas a Israel as sanções e medidas necessárias para que se cumpram as Resoluções das Nações Unidas, em ordem a que os palestinos tenham o seu próprio Estado livre e independente.

Aprovado pelo Parlamento, no mesmo dia em que a bancada comunista levou este assunto a plenário, faz hoje uma semana, foi ainda uma condenação do ataque do exército israelita contra a frota humanitária. Subscrito pelo PCP, «Os Verdes», BE e PS, este texto de condenação teve os votos contra do PSD e CDS, que viram por sua vez rejeitado um voto seu onde se apelava «às partes para que encontrem uma via de entendimento».

A bancada comunista tomou igualmente a iniciativa de requerer a presença do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros na comissão parlamentar competente com vista a prestar esclarecimentos sobre a posição assumida pelo Executivo de José Sócrates.



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