António José Macedo e João Serpa

Vidas de luta

A semana passada ficou marcada pelo falecimento de dois destacados dirigentes sindicais e militantes do Partido: António José Macedo, do Sindicato das Pescas do Norte e do Conselho Nacional da CGTP-IN, e João Serpa, do Sindicato da Construção Civil, Madeiras, Mármores e Cortiça do Sul. Ambos dedicaram as suas energias e capacidades à luta dos trabalhadores e ao combate do seu Partido, o PCP, pela liberdade e a democracia, pelo socialismo e pelo comunismo.

António Macedo tinha 46 anos e era militante do PCP desde os 14. Em 1980, foi eleito para a Direcção Nacional da JCP, com tarefas no distrito de Castelo Branco, de onde a sua família é natural; da Guarda e de Aveiro, distrito onde em 1986 passou a residir e onde assumiu a responsabilidade da JCP. Pescador de profissão, profundamente ligado ao povo do distrito de Aveiro, envolveu-se nas lutas destes profissionais, sendo um destacado dirigente sindical.

Desde 1986 que era membro da Direcção da Organização Regional de Aveiro do PCP, assumindo, ao longo dos anos, as mais diversas e importantes responsabilidades. Foi membro do Executivo, candidato do PCP nas listas para o Parlamento Europeu, para a Assembleia da República e para diversos órgãos autárquicos de Ovar, onde residia e onde, ainda em 2009, foi cabeça de lista da CDU à Câmara Municipal.

No seu funeral, estiveram presentes vários dirigentes e deputados do PCP – como Carlos Gonçalves, Francisco Lopes, Alexandre Araújo, Agostinho Lopes. Honório Novo, Jorge Machado e Ilda Figueiredo – bem como sindicalistas, entre os quais pontificavam o secretário-geral da CGTP-IN, Manuel Carvalho da Silva, e Joaquim Almeida, coordenador da União dos Sindicatos de Aveiro. 

Membro do Partido desde 1979, João Serpa desenvolveu ao longo da sua vida uma intensa actividade sindical e política. Desta ressalta a coordenação do Sindicato da Construção Civil, Madeiras, Mármores e Cortiça do Sul, tarefa que desempenhou durante mais de duas décadas. Actualmente era membro do seu secretariado coordenador. Foi ainda dirigente da Federação Sindical do sector, dirigente da Direcção Distrital da União de Sindicatos de Lisboa e do seu executivo e membro do Conselho Nacional da CGTP-IN.

Recentemente tornou-se célebre por ter sido a primeira pessoa condenada por «manifestação ilegal» no pós-25 de Abril, resistindo sempre às pressões e mantendo uma postura firme e digna durante os processos judiciais.

Foi eleito na Assembleia de Freguesia de Santa iria da Azóia em vários mandatos. Ao nível partidário, foi membro da Direcção da Organização Regional de Lisboa do Partido, estando actualmente organizado no Sector Sindical da ORL.



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