O futuro constrói-se na luta
Num encontro com jovens comunistas, na tarde de terça-feira, Jerónimo de Sousa abordou vários assuntos relacionados com o lema do Congresso da JCP – «Com a luta da juventude, construir o futuro ».
A luta é a questão central que está colocada à juventude portuguesa
O tema era vasto e dava para falar de vários temas. E foi precisamente isso que fez o Secretário-geral do PCP. Num tom descontraído e informal, perante dezenas de militantes da JCP, Jerónimo de Sousa falou de uma geração a quem tentam retirar os direitos que anteriores gerações conquistaram, duramente, com a luta – e que estão actualmente consagrados na Constituição da República Portuguesa.
Aproveitando-se do facto de os jovens adquirirem consciência de classe mais tarde do que antes – «no meu tempo, os filhos dos trabalhadores sabiam que aos 14 anos iam para a fábrica», realçou Jerónimo de Sousa –, Governo e grande capital desferiram um forte ataque contra os direitos laborais: reduzindo salários, precarizando os vínculos, desregulamentando os horários. Em suma, aumentando a exploração. Mais recentemente, a ofensiva atingiu outros sectores, como a educação: instituiu-se as propinas, iniciou-se as privatizações, agravou-se o desinvestimento.
Face a tudo isto, destacou o dirigente comunista, a luta é a «questão central» que está colocada à juventude portuguesa. A geração anterior, lembrou, «não vos vai deixar nada em testamento». Os direitos «ganham-se e perdem-se» e defendem-se com a luta organizada – é assim a luta de classes!
Mas a juventude «está atenta e luta», valorizou Jerónimo de Sousa, referindo-se às manifestações dos dias 24 e 26 de Março, respectivamente dos estudantes e da juventude trabalhadora. Podem ainda não estar ao nível necessário para travar a ofensiva, mas estas lutas revelaram uma grande consciência.
Mais adiante, respondendo a uma questão, o Secretário-geral do PCP lembrou que noutras lutas, mais gerais, a presença de jovens é determinante, apontando o exemplo dos enfermeiros, dos professores e dos trabalhadores de muitas empresas e sectores privados. E alertou: «ninguém vai para uma greve de sorriso nos lábios», pois esta forma de luta pressupõe a perda de vencimento e o confronto com o patrão.
Os poderosos temem a luta organizada
No momento dedicado aos comentários ou perguntas dos jovens presentes, muitos incidiram as suas intervenções no silenciamento pela comunicação social das lutas da juventude – as mesmas que, no terreno, foram obreiros fundamentais. Segundo Jerónimo de Sousa, não é por acaso que isto acontece, nem tão pouco se relaciona com qualquer maneira menos correcta de passar a mensagem.
Desde sempre, afirmou o dirigente do PCP, que os poderosos «temem a luta organizada». Daí não ser de estranhar que a escondam «para poderem continuar a passar a ideia de que os jovens estão indiferentes». Uma informação isenta sobre estes assuntos seria, acrescentou, «contrária aos seus interesses».
O mesmo se passa em relação ao PCP, recordou Jerónimo de Sousa, lembrando os inúmeros exemplos de silenciamento, deturpação ou truncagem da mensagem do Partido. Uma coisa é certa, garantiu: «as propostas nunca passam.»
Ironizando com os que afirmam que o problema do PCP é a forma como passa a mensagem, Jerónimo de Sousa afirmou: «se for preciso faço o pino». Para em seguida, mais sério, realçar que «a questão é o conteúdo». Por todas estas razões, «só contamos com as nossas próprias forças», afirmou o dirigente comunista. Claro que as televisões «davam jeito», mas é assim a luta de classes.
A terminar, Jerónimo de Sousa manifestou a sua confiança de que «isto não será sempre assim». Mas para isso há que desenvolver ainda mais a luta da juventude. «É essa a vossa responsabilidade.»
Aproveitando-se do facto de os jovens adquirirem consciência de classe mais tarde do que antes – «no meu tempo, os filhos dos trabalhadores sabiam que aos 14 anos iam para a fábrica», realçou Jerónimo de Sousa –, Governo e grande capital desferiram um forte ataque contra os direitos laborais: reduzindo salários, precarizando os vínculos, desregulamentando os horários. Em suma, aumentando a exploração. Mais recentemente, a ofensiva atingiu outros sectores, como a educação: instituiu-se as propinas, iniciou-se as privatizações, agravou-se o desinvestimento.
Face a tudo isto, destacou o dirigente comunista, a luta é a «questão central» que está colocada à juventude portuguesa. A geração anterior, lembrou, «não vos vai deixar nada em testamento». Os direitos «ganham-se e perdem-se» e defendem-se com a luta organizada – é assim a luta de classes!
Mas a juventude «está atenta e luta», valorizou Jerónimo de Sousa, referindo-se às manifestações dos dias 24 e 26 de Março, respectivamente dos estudantes e da juventude trabalhadora. Podem ainda não estar ao nível necessário para travar a ofensiva, mas estas lutas revelaram uma grande consciência.
Mais adiante, respondendo a uma questão, o Secretário-geral do PCP lembrou que noutras lutas, mais gerais, a presença de jovens é determinante, apontando o exemplo dos enfermeiros, dos professores e dos trabalhadores de muitas empresas e sectores privados. E alertou: «ninguém vai para uma greve de sorriso nos lábios», pois esta forma de luta pressupõe a perda de vencimento e o confronto com o patrão.
Os poderosos temem a luta organizada
No momento dedicado aos comentários ou perguntas dos jovens presentes, muitos incidiram as suas intervenções no silenciamento pela comunicação social das lutas da juventude – as mesmas que, no terreno, foram obreiros fundamentais. Segundo Jerónimo de Sousa, não é por acaso que isto acontece, nem tão pouco se relaciona com qualquer maneira menos correcta de passar a mensagem.
Desde sempre, afirmou o dirigente do PCP, que os poderosos «temem a luta organizada». Daí não ser de estranhar que a escondam «para poderem continuar a passar a ideia de que os jovens estão indiferentes». Uma informação isenta sobre estes assuntos seria, acrescentou, «contrária aos seus interesses».
O mesmo se passa em relação ao PCP, recordou Jerónimo de Sousa, lembrando os inúmeros exemplos de silenciamento, deturpação ou truncagem da mensagem do Partido. Uma coisa é certa, garantiu: «as propostas nunca passam.»
Ironizando com os que afirmam que o problema do PCP é a forma como passa a mensagem, Jerónimo de Sousa afirmou: «se for preciso faço o pino». Para em seguida, mais sério, realçar que «a questão é o conteúdo». Por todas estas razões, «só contamos com as nossas próprias forças», afirmou o dirigente comunista. Claro que as televisões «davam jeito», mas é assim a luta de classes.
A terminar, Jerónimo de Sousa manifestou a sua confiança de que «isto não será sempre assim». Mas para isso há que desenvolver ainda mais a luta da juventude. «É essa a vossa responsabilidade.»