Nova ofensiva privatizadora
Na audição com as Comissões de Trabalhadores de empresas de transportes, Jerónimo de Sousa lembrou que só a luta dos trabalhadores e do povo poderá combater a liberalização e a destruição do sector.
Defesa dos sectores produtivos e da produção nacional
Na sua intervenção, que teve lugar anteontem no Salão João Hogan, na sede da Voz do Operário, o Secretário-geral do PCP acusou o Governo PS de prosseguir as «orientações da política de direita de desregulamentação do sector dos transportes, de privatização, desmantelamento e desmembramento das grandes empresas, mostrando-se mais preocupado em criar condições para a preparação de uma nova ofensiva privatizadora das empresas públicas e das infra-estruturas do sector, do que esteve empenhado em resolver os problemas existentes».
Esta é uma das razões para que Portugal continue sem um verdadeiro sistema de transportes, integrado, com complementaridades entre os vários modos de transportes. «Continua a redução da oferta de serviço público e da função social dos transportes, com a subalternização dos transportes públicos e a degradação da sua qualidade, a favor do transporte privado», afirmou Jerónimo de Sousa, alertando para o projecto, do Governo, de desmantelamento da CP com a «alienação das partes mais rentáveis dos serviços e das próprias linhas, dando seguimento ao desastroso caminho já percorrido e que conduziu ao encerramento de linhas, ramais e estações e à redução de serviços e de comboios». Como exemplo, referiu ainda a privatização de empresas como a TAP e a ANA, «associada à construção do novo aeroporto de Lisboa».
O Secretário-geral do PCP, perante uma sala cheia de representantes dos trabalhadores, recordou que a política de direita, seguida pelo Executivo PS, «agravou a crise que o País enfrenta» e salientou a necessidade «de uma política de ruptura, patriótica e de esquerda, que tenha como eixos centrais, entre outros, a valorização do trabalho e dos trabalhadores, a defesa dos sectores produtivos e da produção nacional e um papel determinante do Estado nos sectores estratégicos, designadamente na banca, na energia, nas telecomunicações e nos transportes». Para isso, exige-se «a afirmação da propriedade social e do papel do Estado em sectores estratégicos e a concretização de um sector empresarial do Estado forte e dinâmico como condição chave para a manutenção em mãos nacionais de alavancas económicas decisivas para a promoção do desenvolvimento».
Ruptura e mudança!
No momento em que se avança com a construção da rede ferroviária de alta velocidade, Jerónimo de Sousa manifestou sérias preocupações sobre a evolução deste projecto. «Um projecto que não pode por em causa o necessário desenvolvimento e modernização da rede ferroviária convencional, que afirme a natureza pública do investimento e exploração seja condição para a promoção de uma maior incorporação da produção nacional no desenvolvimento do projecto», defendeu, frisando que «a realidade do sector dos transportes, tal como a realidade do País, exigem a continuação da luta pela ruptura e pela mudança».
«Mudança que se constrói também para o desenvolvimento da luta em defesa dos interesses concretos dos trabalhadores, porque vai ser a luta que vai determinar a solução de muitos problemas que os trabalhadores e o povo hoje enfrentam», acrescentou, terminando: «Podem contar com o PCP para, nos mais diversos patamares da sua intervenção, nomeadamente na Assembleia da República, denunciar os ataques aos trabalhadores e suas organizações».
Esta é uma das razões para que Portugal continue sem um verdadeiro sistema de transportes, integrado, com complementaridades entre os vários modos de transportes. «Continua a redução da oferta de serviço público e da função social dos transportes, com a subalternização dos transportes públicos e a degradação da sua qualidade, a favor do transporte privado», afirmou Jerónimo de Sousa, alertando para o projecto, do Governo, de desmantelamento da CP com a «alienação das partes mais rentáveis dos serviços e das próprias linhas, dando seguimento ao desastroso caminho já percorrido e que conduziu ao encerramento de linhas, ramais e estações e à redução de serviços e de comboios». Como exemplo, referiu ainda a privatização de empresas como a TAP e a ANA, «associada à construção do novo aeroporto de Lisboa».
O Secretário-geral do PCP, perante uma sala cheia de representantes dos trabalhadores, recordou que a política de direita, seguida pelo Executivo PS, «agravou a crise que o País enfrenta» e salientou a necessidade «de uma política de ruptura, patriótica e de esquerda, que tenha como eixos centrais, entre outros, a valorização do trabalho e dos trabalhadores, a defesa dos sectores produtivos e da produção nacional e um papel determinante do Estado nos sectores estratégicos, designadamente na banca, na energia, nas telecomunicações e nos transportes». Para isso, exige-se «a afirmação da propriedade social e do papel do Estado em sectores estratégicos e a concretização de um sector empresarial do Estado forte e dinâmico como condição chave para a manutenção em mãos nacionais de alavancas económicas decisivas para a promoção do desenvolvimento».
Ruptura e mudança!
No momento em que se avança com a construção da rede ferroviária de alta velocidade, Jerónimo de Sousa manifestou sérias preocupações sobre a evolução deste projecto. «Um projecto que não pode por em causa o necessário desenvolvimento e modernização da rede ferroviária convencional, que afirme a natureza pública do investimento e exploração seja condição para a promoção de uma maior incorporação da produção nacional no desenvolvimento do projecto», defendeu, frisando que «a realidade do sector dos transportes, tal como a realidade do País, exigem a continuação da luta pela ruptura e pela mudança».
«Mudança que se constrói também para o desenvolvimento da luta em defesa dos interesses concretos dos trabalhadores, porque vai ser a luta que vai determinar a solução de muitos problemas que os trabalhadores e o povo hoje enfrentam», acrescentou, terminando: «Podem contar com o PCP para, nos mais diversos patamares da sua intervenção, nomeadamente na Assembleia da República, denunciar os ataques aos trabalhadores e suas organizações».