Cresce o flagelo do desemprego
As opções políticas de direita têm levado ao agravamento da crise no distrito do Porto, onde a economia está a sofrer efeitos devastadores, alerta a Direcção da Organização Regional do Porto do PCP.
A precariedade atinge já mais de 25% dos trabalhadores do distrito
Aliás, os dados do Anuário Estatístico da Região Norte relativos ao período 2006/2007 confirmam o definhamento do tecido produtivo da região, em resultado do encerramento diário de empresas. Dizem estes dados, por exemplo, que neste período, no sector têxtil, perderam-se 378 empresas, 134 das quais só no distrito do Porto, destacando-se dentre os vários concelhos os de Penafiel e Baião, que perderam mais de 10% das fábricas que detinham neste sector. No mesmo período, na metalurgia, o País viu desaparecer 436 empresas, 144 das quais no distrito do Porto, e 3319 no conjunto das indústrias transformadoras, 923 delas também do distrito do Porto.
Entretanto, de fins de 2007 até Outubro de 2009, o desemprego no distrito cresceu 33%, tendo o número de desempregados passado de 93 649 para 124 776, sendo que mais de metade destes desempregados não têm qualquer prestação social, apesar das propostas apresentadas pelo PCP para a alteração dos critérios de atribuição do subsídio de desemprego. Quanto à precariedade, atinge já mais de 25% dos trabalhadores.
Assim, diz a DORP, o desemprego no distrito «constitui uma verdadeira tragédia social», com um valor médio de 14% quanto no País é de 10%, havendo concelhos, como os de Baião, Santo Tirso, Trofa, Valongo e Vila Nova de Gaia, em que estes valores ultrapassam os 16%. Comparando estes valores com os do mesmo mês do ano anterior, verifica-se que houve um aumento de 28%, sendo que em alguns concelhos da sub-região do Tâmega os aumentos foram superiores a 50%. Quanto ao Rendimento Social de Inserção – um indicador de pobreza –, verifica-se que em 2008 ele foi atribuído a 7,2% da população, quando no País a percentagem era de 3,9.
Superar a situação
Enfim, os dados «mostram um distrito profundamente afectado em termos económicos
e a sofrer um flagelo social crescente», sendo, por isso, de realçar, a discriminação negativa de que o distrito é alvo no PIDDAC para este ano em termos de investimento público.
Por fim, a DORP diz que a superação da situação no distrito não é possível «com a repetição das políticas que a originaram», mas sim com a mudança dessas políticas e a implementação de medidas imediatas e de emergência dirigidas às dezenas de milhares de famílias do distrito do Porto que hoje vivem situações dramáticas.
Assim, o PCP defende desde logo a criação de um «Plano de Criação de Emprego com Direitos», que promova o emprego, combata a precariedade e eleve os salários e o poder de compra da população do distrito e, entre outras medidas, o apoio ao escoamento de produtos a preços justos no sector da agricultura e das pescas, a defesa da modernização e diversificação do aparelho produtivo; o fim da discriminação negativa do distrito em termos de investimento público; a concretização de compromissos assumidos (plataformas logísticas, expansão da rede do metro, construção dos hospitais públicos da Póvoa de Varzim/Vila do Conde e de Vila Nova de Gaia); a manutenção das SCUT`s sem portagens.
Entretanto, de fins de 2007 até Outubro de 2009, o desemprego no distrito cresceu 33%, tendo o número de desempregados passado de 93 649 para 124 776, sendo que mais de metade destes desempregados não têm qualquer prestação social, apesar das propostas apresentadas pelo PCP para a alteração dos critérios de atribuição do subsídio de desemprego. Quanto à precariedade, atinge já mais de 25% dos trabalhadores.
Assim, diz a DORP, o desemprego no distrito «constitui uma verdadeira tragédia social», com um valor médio de 14% quanto no País é de 10%, havendo concelhos, como os de Baião, Santo Tirso, Trofa, Valongo e Vila Nova de Gaia, em que estes valores ultrapassam os 16%. Comparando estes valores com os do mesmo mês do ano anterior, verifica-se que houve um aumento de 28%, sendo que em alguns concelhos da sub-região do Tâmega os aumentos foram superiores a 50%. Quanto ao Rendimento Social de Inserção – um indicador de pobreza –, verifica-se que em 2008 ele foi atribuído a 7,2% da população, quando no País a percentagem era de 3,9.
Superar a situação
Enfim, os dados «mostram um distrito profundamente afectado em termos económicos
e a sofrer um flagelo social crescente», sendo, por isso, de realçar, a discriminação negativa de que o distrito é alvo no PIDDAC para este ano em termos de investimento público.
Por fim, a DORP diz que a superação da situação no distrito não é possível «com a repetição das políticas que a originaram», mas sim com a mudança dessas políticas e a implementação de medidas imediatas e de emergência dirigidas às dezenas de milhares de famílias do distrito do Porto que hoje vivem situações dramáticas.
Assim, o PCP defende desde logo a criação de um «Plano de Criação de Emprego com Direitos», que promova o emprego, combata a precariedade e eleve os salários e o poder de compra da população do distrito e, entre outras medidas, o apoio ao escoamento de produtos a preços justos no sector da agricultura e das pescas, a defesa da modernização e diversificação do aparelho produtivo; o fim da discriminação negativa do distrito em termos de investimento público; a concretização de compromissos assumidos (plataformas logísticas, expansão da rede do metro, construção dos hospitais públicos da Póvoa de Varzim/Vila do Conde e de Vila Nova de Gaia); a manutenção das SCUT`s sem portagens.