Despedimentos e luta na hotelaria

No último dia de Novembro, o Hotel Sheraton Algarve, em Albufeira, desencadeou o despedimento colectivo de sete electricistas. Para a Comissão Concelhia do PCP, esta decisão é «inaceitável», «perante o grave drama social» que se vive na região, e deve ter «da parte das autoridades, uma urgente acção».
Os comunistas, num comunicado que a Concelhia divulgou anteontem, recordam que este despedimento segue-se a outros, que envolveram pessoal da copa, jardins e limpeza, e está ligado a uma opção pela externalização de serviços, como já tinha sucedido com a manutenção das piscinas e a recolha dos pórticos de lixo. O despedimento dos electricistas, todos com mais de 40 anos de idade, foi feito «à queima-roupa, dado que ainda há pouco tempo o director de Recursos Humanos, João Ribeiro Sanches, perante o questionamento dos trabalhadores, tinha afastado essa possibilidade».
O hotel faz parte do complexo Pine Cliffs, propriedade da United Investments Portugal, do Grupo IFA, de Jassim Al-Bahar, com sede no Dubai. O IFA apresenta-se como «um dos principais grupos internacionais no desenvolvimento de projectos turísticos integrados, bem como na prestação de serviços turísticos de luxo».
O Sindicato da Hotelaria do Sul está a realizar plenários com os trabalhadores dos restaurantes Novorest, da Makro, concessionados à Eurest, depois de esta ter anunciado que pretende realizar um despedimento colectivo que abrange 114 pessoas. O argumento - refere o sindicato da CGTP-IN, numa nota à comunicação social - é a baixa de receitas, o mesmo que foi utilizado em 2007, quando a Makro atribuiu a concessão à Eurest. Uma e outra «nunca respeitaram os direitos dos trabalhadores» e, «a haver quebra de receitas, deve-se exclusivamente à irresponsabilidade, deliberada ou não, na gestão». O sindicato afirma que o actual despedimento é uma medida «cozinhada pela Makro e a Eurest, através de acordo assinado pelas duas empresas».
Frente ao Hospital Particular de Lisboa, o sindicato e os trabalhadores realizaram uma vigília, na quinta-feira, 26 de Novembro, «contra a repressão e intimidação» e para que seja respeitado o contrato colectivo de trabalho. Há quatro anos que não são actualizados os salários.
Foi decretada a insolvência da empresa proprietária da Estalagem Vale Manso, na albufeira de Castelo de Bode, revelou dia 27 a agência Lusa. Um dirigente do Sindicato da Hotelaria do Sul afirmou não estar surpreendido, imputando a «erros acumulados de gestão» a responsabilidade do fim daquela unidade de cinco estrelas. A assembleia de credores foi convocada para 12 de Janeiro, lembrando Rodolfo Caseiro que o património da empresa deverá servir para pagar as dívidas a cerca de 30 trabalhadores.


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