Ruptura e mudança
Sob o lema «Ruptura e mudança. Sim é possível uma vida melhor!», realizou-se, domingo, em Évora, o comício de abertura da campanha da CDU para as Eleições legislativas de 27 de Setembro. Nesta grande acção de massas, onde estiveram mais de seis mil pessoas, Jerónimo de Sousa lembrou que «está nas mãos dos portugueses» contribuir para o «surgimento das condições de ruptura e mudança que há muito se impõem na situação política do País». O Secretário-geral do PCP sublinhou ainda que na CDU «reside a força que junta, que une e torna mais próxima a possibilidade de uma ruptura com a política de direita».
Nenhum voto da esquerda é útil nas mãos do PS
Depois do comício da Festa do Avante!, que juntou muitos milhares de homens, mulheres e jovens, a cidade de Évora, Património da Humanidade, acolheu outra grande acção eleitoral, que comprovou, junto dos trabalhadores e do povo em geral, que a CDU está a crescer e é a grande força capaz de protagonizar a viragem necessária na situação nacional.
«Apresentamo-nos perante o povo português com a consciência tranquila de quem não só soube honrar os seus compromissos com um meritório e reconhecido trabalho dos deputados eleitos pela CDU na Assembleia da República, tal como nas autarquias, como foi sem sombra de dúvidas a grande força de oposição e dinamizadora da luta contra a política de direita do Governo PS», afirmou Jerónimo de Sousa, lembrando que na Assembleia da República «os deputados da CDU estiveram com a sua opinião e propostas em todas as mais importantes questões da vida nacional e da vida das respectivas regiões».
Numa intervenção sem paralelo, a Coligação Democrática apresentou, nesta legislatura que agora finda, cerca de 300 projectos-lei, mais de 180 projectos de resolução, oito dezenas de apreciações parlamentares e cerca de 4500 perguntas e requerimentos, num trabalho ligado às realidade concretas e aos problemas do País, feito na Assembleia da República e fora dela, na resposta às solicitações das populações e dos trabalhadores, dando voz e participando nas suas lutas, promovendo a denúncia e fiscalização da política do Governo.
«Estamos convictos de que o povo português reconhecerá, neste momento de balanço da legislatura, quanto importante e útil tem sido o trabalho dos deputados da CDU e o contributo que têm dado para a solução dos problemas do País e do povo», salientou o Secretário-geral do PCP.
Acumulação e centralização da riqueza
Jerónimo de Sousa falou ainda dos problemas que se «agudizam» e da «brutal crise» que assola o País, com drásticas consequências sociais. «Do resultado das eleições que se aproxima para a Assembleia da República depende não só a evolução da situação política nacional dos próximos anos, mas particularmente a resposta à grave situação que o País enfrenta e que agora se ampliou com o impacto da crise do capitalismo internacional», avisou, acusando «aqueles que têm governado o País» de quererem «continuar a iludir os portugueses passando de uns para outros a responsabilidade pela situação que está criada e o governo de serviço – o Governo do PS – a remeter para a conjuntura internacional a causa principal e única dos nossos problemas».
No entanto, recordou, «a verdade é que o País está a pagar hoje os efeitos de anos e anos consecutivos de políticas de direita, realizadas pela mão do PS e do PSD com a ajuda do CDS», o que tornou Portugal «mais frágil, mais dependente e ao mesmo tempo mais injusto e mais desigual».
«A política do PS e do PSD foi arruinando o País à medida que deliberadamente promovia a acumulação e a centralização da riqueza nacional nas mãos dos grandes grupos económicos e financeiros que dominam a economia nacional, nomeadamente os sectores estratégicos – da banca, da energia, dos seguros, das telecomunicações – que se tornaram no principal instrumento de espoliação da economia portuguesa, dos seus sectores produtivos, dos trabalhadores, dos micro, pequenos e médios empresários e das famílias», criticou o Secretário-geral do PCP.
PS levou o País até à recessão
Num comício marcado pela confiança e determinação dos milhares de militantes, activistas e simpatizantes da CDU, Jerónimo de Sousa acusou a governação do PS de, em apenas cinco anos, ter prolongado a situação de estagnação e levado o País «até à recessão», com «mais desemprego, maior precariedade, menos investimento, mais dívida pública, maior défice comercial, maior endividamento externo, maior endividamento das empresas e das famílias, pior distribuição do rendimento nacional, maiores desigualdades, maiores desequilíbrios regionais, menos apoio ao desemprego, mais destruição do aparelho produtivo».
«O PS e José Sócrates, que mantiveram intocáveis os grandes interesses para impor mais sacrifícios aos trabalhadores e ao povo, acenam agora ao papão da direita para pedirem o voto à esquerda. É a velha chantagem para que tudo fique na mesma. Para que nada mude. Para que os interesses instalados permaneçam intocáveis. Para perpetuar a elite que vive à sombra do poder e servir os grandes interesses», alertou, frisando: «nenhum voto da esquerda é útil nas mãos do PS!». «É por isso que no próximo dia 27 é preciso dizer “basta”, colocando o voto no sítio certo, na CDU, porque esse é voto seguro que não trai e o voto certo para a defesa dos interesses dos trabalhadores, dos reformados, dos agricultores, dos micro, pequenos e médios empresários», disse o Secretário-geral do PCP.
CDU está a crescer
O comício da CDU realizou-se junto ao magnífico Templo de Diana. Antes das intervenções políticas, com o Largo do Conde de Vila Flor repleto de gente, empunhando as coloridas bandeiras da CDU e transportando a esperança de uma vida melhor para o povo português, actuaram Luísa Bastos e Samuel Quedas, que nos trouxeram músicas e sons interventivos de outros tempos, que hoje, mais do que nunca, se mantêm actuais. «Formas de Abril», «Canta camarada», «Livre», «Valsa da Burguesia» e «Cravo Vermelho ao Peito», foram alguns dos temas interpretados e entoados por todos os «soldados da mudança» que ali se encontravam. «O povo unido jamais será vencido», denunciando o brutal golpe militar que derrubou o presidente de Chile, Salvador Allende, em 11 de Setembro de 1973, foi outro dos temas tocados pelos dois músicos de Abril. Um imenso coro que de «punho levantado» dava mais «força à liberdade».
Pelas ruas da cidade, muitos outros iam chegando. «Pelo emprego com direitos. Não à flexigurança. Sim ao aumento dos salários», lia-se numa enorme faixa da JCP, que se fazia acompanhar por três músicos, uma gaita de foles e dois bombos.
De seguida, subiram ao palco os 47 cabeças de lista da CDU às câmaras do distrito de Évora, os membros da JCP e da Juventude CDU, do Partido Ecologista «Os Verdes» (PEV), das Direcções Regionais do PCP de Évora, Beja, Portalegre e Litoral Alentejano, do Executivo do PCP e os primeiros candidatos da CDU pelos círculos eleitorais de Beja (José Soeiro), de Portalegre (Joaquim Manuel) e de Évora (João Oliveira).
Esta iniciativa contou ainda com a presença de Abílio Fernandes, da Comissão Central de Controlo do PCP, de Luísa Araújo e José Catalino, dos organismos executivos do PCP, de João António Vicente, da Intervenção Democrática, de João Luís Ferreira, do PEV, e de Jerónimo de Sousa, Secretário-geral do PCP.
Combater as políticas neoliberais
CDU é a alternativa
No comício de Évora, Jerónimo de Sousa salientou que existe uma política e um modelo de desenvolvimento alternativo e uma força disponível para encontrar a sua concretização – a CDU.
«Essa política e esse modelo de desenvolvimento alternativo estão no Programa de Ruptura, Patriótico e de Esquerda que apresentámos ao País. Um programa que perspectiva um novo rumo para Portugal, baseado nos princípios e valores da Constituição da República e que integra como principais objectivos o desenvolvimento económico e a criação de emprego, a redistribuição do rendimento e a justiça social, o aprofundamento da democracia e a afirmação da independência e soberania nacionais», explicou o Secretário-geral do PCP, manifestando-se contra as «políticas económicas ao serviço do grande capital».
Na sua intervenção, Jerónimo de Sousa defendeu ainda «uma nova política de desenvolvimento económico ao serviço do País e que tem como objectivos centrais o pleno emprego, o crescimento económico e a defesa do aparelho produtivo nacional». «Está nas mãos dos portugueses contribuir para o surgimento das condições para a ruptura e mudança que há muito se impõem na situação política do País, votando na CDU. Sabemos que não vamos ter uma batalha fácil, mas está nas nossas mãos levar de viva voz a CDU a todos os portugueses numa campanha viva, forte e ampla», disse.
Junto ao Templo de Diana, onde estiveram mais de seis mil pessoas, intervieram ainda Eduardo Luciano, cabeça de lista à Câmara de Évora, José Soeiro, Joaquim Manuel e João Oliveira, primeiros candidatos à Assembleia da República pelos círculos de Beja, Portalegre e Évora, e José Luís Ferreira, do Partido Ecologista «Os Verdes», que apelou ao «reforço» da «verdadeira esquerda, alternativa em Portugal, que é a CDU». «O voto útil é na CDU, porque ajuda a eleger deputados que na Assembleia da República defendem intransigentemente os interesses da generalidade dos portugueses, sobretudo dos mais desfavorecidos. Deputados que ajudaram a combater políticas neoliberais e apresentaram propostas de inverter esta tendência que tem permitido que a pobreza alastre ao ritmo do aumento dos lucros dos grandes grupos económicos», afirmou.
Eduardo Luciano, referindo-se às eleições autárquicas de 11 de Outubro, comparou o projecto político da CDU com o do PS, que actualmente está à frente dos destinos da autarquia. «O projecto autárquico da CDU, em 25 anos de trabalho, transformou este território com opções pioneiras na área do urbanismo e com uma política cultural que prestigiou Évora, nacional e internacionalmente», recordou, acusando o PS, entre muitas outras situações, de «incapacidade» para cumprir as promessas feitas e de n~~ao conseguir «travar a desertificação do centro histórico».
Contra a desertificação do Alentejo
Por seu lado, José Soeiro, cabeça de lista da CDU pelo círculo eleitoral de Beja, acusou o PS e o PSD de terem, na Assembleia da República, conduzido o Alentejo à «desertificação», ao «empobrecimento» e à «estagnação económica e social». «No Alentejo, a CDU é a força política que está em melhores condições para retirar deputados e a maioria absoluta do PS e assim contribuir para derrotar a política de direita», salientou, apelando: «Vamos, camaradas e amigos, trabalhar e mobilizar para o voto na CDU».
O candidato de Portalegre falou de «êxodo rural» e de «desertificação humana». «A nossa população [de Portalegre] já não consegue sequer encher os dois maiores estádios de futebol da capital do País. Tudo isto foi obra de políticas sucessivas, objectivas, deliberadas e intencionais, de destruição do tecido rural, que provocaram o êxodo rural do interior do País, com particular violência no Alentejo», denunciou Joaquim Manuel, dando conta da reconstituição dos grandes latifúndios, «com todas as implicações e impactos negativos que sempre tiveram em toda a região».
O cabeça de lista da CDU falou ainda do encerramento de empresas no distrito e dos muitos trabalhadores que ficaram sem o seu emprego. «Neste cenário quase dantesco, os centros de emprego vão recebendo vagas quase diárias de novos e velhos desempregados que procuram novas oportunidades de trabalho», lamentou.
João Oliveira, candidato por Évora, também alertou para os «níveis recorde» do desemprego no distrito, que atinge «particularmente os jovens que são hoje mais de metade dos desempregados». «O Alentejo e o País não estão condenados à pobreza, às injustiças, às desigualdades e ao atraso. É possível construir um futuro de progresso, desenvolvimento e justiça social, mas para isso é preciso dar mais força à CDU», acentuou.
Derrotar a política de direita
Jerónimo de Sousa acusou ainda o PS e o PSD de andarem numa «roda-viva» a tentar «justificar as suas diferenças». «Esta semana discutiu-se muito a política fiscal. Ouviram falar nalguma proposta de fundo do PS ou do PSD que toque nos grandes interesses e faça justiça a quem vive do trabalho?», interrogou, frisando que é preciso dizer «basta» de injustiças e de uma «política que sacrifica sempre os mesmos».
Referindo-se aos programas eleitorais do PS e do PSD, o Secretário-geral do PCP lembrou que os dois partidos apresentam as mesmas «soluções» e as mesmas «orientações», que conduziram Portugal ao atraso e à crise. «Os que têm governado o País são responsáveis pela situação a que se chegou, não têm nenhuma resposta nova e diferente para os problemas», afirmou, alertando, caso os portugueses votem nos partidos de direita, para o «continuar» da «ofensiva contra os salários», das «pensões» e dos «serviços públicos».
«É por isso que dizemos que o grande objectivo nestas eleições é derrotar a política de direita e os seus protagonistas», sublinhou Jerónimo de Sousa.
6 razões para votar CDU
● O voto contra as injustiças e para uma vida melhor;
● voto de quem quer uma ruptura com a situação e uma mudança a sério;
● O voto certo para condenar o Governo e derrotar a política de direita do PS e do PSD;
● O voto que o Governo, a direita e o grande patronato mais temem;
● O voto que conta sempre para defender os interesses dos trabalhadores e do povo para construir uma política de esquerda;
● O voto para eleger mais deputados sempre comprometidos com os interesses dos trabalhadores e do povo.
«Apresentamo-nos perante o povo português com a consciência tranquila de quem não só soube honrar os seus compromissos com um meritório e reconhecido trabalho dos deputados eleitos pela CDU na Assembleia da República, tal como nas autarquias, como foi sem sombra de dúvidas a grande força de oposição e dinamizadora da luta contra a política de direita do Governo PS», afirmou Jerónimo de Sousa, lembrando que na Assembleia da República «os deputados da CDU estiveram com a sua opinião e propostas em todas as mais importantes questões da vida nacional e da vida das respectivas regiões».
Numa intervenção sem paralelo, a Coligação Democrática apresentou, nesta legislatura que agora finda, cerca de 300 projectos-lei, mais de 180 projectos de resolução, oito dezenas de apreciações parlamentares e cerca de 4500 perguntas e requerimentos, num trabalho ligado às realidade concretas e aos problemas do País, feito na Assembleia da República e fora dela, na resposta às solicitações das populações e dos trabalhadores, dando voz e participando nas suas lutas, promovendo a denúncia e fiscalização da política do Governo.
«Estamos convictos de que o povo português reconhecerá, neste momento de balanço da legislatura, quanto importante e útil tem sido o trabalho dos deputados da CDU e o contributo que têm dado para a solução dos problemas do País e do povo», salientou o Secretário-geral do PCP.
Acumulação e centralização da riqueza
Jerónimo de Sousa falou ainda dos problemas que se «agudizam» e da «brutal crise» que assola o País, com drásticas consequências sociais. «Do resultado das eleições que se aproxima para a Assembleia da República depende não só a evolução da situação política nacional dos próximos anos, mas particularmente a resposta à grave situação que o País enfrenta e que agora se ampliou com o impacto da crise do capitalismo internacional», avisou, acusando «aqueles que têm governado o País» de quererem «continuar a iludir os portugueses passando de uns para outros a responsabilidade pela situação que está criada e o governo de serviço – o Governo do PS – a remeter para a conjuntura internacional a causa principal e única dos nossos problemas».
No entanto, recordou, «a verdade é que o País está a pagar hoje os efeitos de anos e anos consecutivos de políticas de direita, realizadas pela mão do PS e do PSD com a ajuda do CDS», o que tornou Portugal «mais frágil, mais dependente e ao mesmo tempo mais injusto e mais desigual».
«A política do PS e do PSD foi arruinando o País à medida que deliberadamente promovia a acumulação e a centralização da riqueza nacional nas mãos dos grandes grupos económicos e financeiros que dominam a economia nacional, nomeadamente os sectores estratégicos – da banca, da energia, dos seguros, das telecomunicações – que se tornaram no principal instrumento de espoliação da economia portuguesa, dos seus sectores produtivos, dos trabalhadores, dos micro, pequenos e médios empresários e das famílias», criticou o Secretário-geral do PCP.
PS levou o País até à recessão
Num comício marcado pela confiança e determinação dos milhares de militantes, activistas e simpatizantes da CDU, Jerónimo de Sousa acusou a governação do PS de, em apenas cinco anos, ter prolongado a situação de estagnação e levado o País «até à recessão», com «mais desemprego, maior precariedade, menos investimento, mais dívida pública, maior défice comercial, maior endividamento externo, maior endividamento das empresas e das famílias, pior distribuição do rendimento nacional, maiores desigualdades, maiores desequilíbrios regionais, menos apoio ao desemprego, mais destruição do aparelho produtivo».
«O PS e José Sócrates, que mantiveram intocáveis os grandes interesses para impor mais sacrifícios aos trabalhadores e ao povo, acenam agora ao papão da direita para pedirem o voto à esquerda. É a velha chantagem para que tudo fique na mesma. Para que nada mude. Para que os interesses instalados permaneçam intocáveis. Para perpetuar a elite que vive à sombra do poder e servir os grandes interesses», alertou, frisando: «nenhum voto da esquerda é útil nas mãos do PS!». «É por isso que no próximo dia 27 é preciso dizer “basta”, colocando o voto no sítio certo, na CDU, porque esse é voto seguro que não trai e o voto certo para a defesa dos interesses dos trabalhadores, dos reformados, dos agricultores, dos micro, pequenos e médios empresários», disse o Secretário-geral do PCP.
CDU está a crescer
O comício da CDU realizou-se junto ao magnífico Templo de Diana. Antes das intervenções políticas, com o Largo do Conde de Vila Flor repleto de gente, empunhando as coloridas bandeiras da CDU e transportando a esperança de uma vida melhor para o povo português, actuaram Luísa Bastos e Samuel Quedas, que nos trouxeram músicas e sons interventivos de outros tempos, que hoje, mais do que nunca, se mantêm actuais. «Formas de Abril», «Canta camarada», «Livre», «Valsa da Burguesia» e «Cravo Vermelho ao Peito», foram alguns dos temas interpretados e entoados por todos os «soldados da mudança» que ali se encontravam. «O povo unido jamais será vencido», denunciando o brutal golpe militar que derrubou o presidente de Chile, Salvador Allende, em 11 de Setembro de 1973, foi outro dos temas tocados pelos dois músicos de Abril. Um imenso coro que de «punho levantado» dava mais «força à liberdade».
Pelas ruas da cidade, muitos outros iam chegando. «Pelo emprego com direitos. Não à flexigurança. Sim ao aumento dos salários», lia-se numa enorme faixa da JCP, que se fazia acompanhar por três músicos, uma gaita de foles e dois bombos.
De seguida, subiram ao palco os 47 cabeças de lista da CDU às câmaras do distrito de Évora, os membros da JCP e da Juventude CDU, do Partido Ecologista «Os Verdes» (PEV), das Direcções Regionais do PCP de Évora, Beja, Portalegre e Litoral Alentejano, do Executivo do PCP e os primeiros candidatos da CDU pelos círculos eleitorais de Beja (José Soeiro), de Portalegre (Joaquim Manuel) e de Évora (João Oliveira).
Esta iniciativa contou ainda com a presença de Abílio Fernandes, da Comissão Central de Controlo do PCP, de Luísa Araújo e José Catalino, dos organismos executivos do PCP, de João António Vicente, da Intervenção Democrática, de João Luís Ferreira, do PEV, e de Jerónimo de Sousa, Secretário-geral do PCP.
Combater as políticas neoliberais
CDU é a alternativa
No comício de Évora, Jerónimo de Sousa salientou que existe uma política e um modelo de desenvolvimento alternativo e uma força disponível para encontrar a sua concretização – a CDU.
«Essa política e esse modelo de desenvolvimento alternativo estão no Programa de Ruptura, Patriótico e de Esquerda que apresentámos ao País. Um programa que perspectiva um novo rumo para Portugal, baseado nos princípios e valores da Constituição da República e que integra como principais objectivos o desenvolvimento económico e a criação de emprego, a redistribuição do rendimento e a justiça social, o aprofundamento da democracia e a afirmação da independência e soberania nacionais», explicou o Secretário-geral do PCP, manifestando-se contra as «políticas económicas ao serviço do grande capital».
Na sua intervenção, Jerónimo de Sousa defendeu ainda «uma nova política de desenvolvimento económico ao serviço do País e que tem como objectivos centrais o pleno emprego, o crescimento económico e a defesa do aparelho produtivo nacional». «Está nas mãos dos portugueses contribuir para o surgimento das condições para a ruptura e mudança que há muito se impõem na situação política do País, votando na CDU. Sabemos que não vamos ter uma batalha fácil, mas está nas nossas mãos levar de viva voz a CDU a todos os portugueses numa campanha viva, forte e ampla», disse.
Junto ao Templo de Diana, onde estiveram mais de seis mil pessoas, intervieram ainda Eduardo Luciano, cabeça de lista à Câmara de Évora, José Soeiro, Joaquim Manuel e João Oliveira, primeiros candidatos à Assembleia da República pelos círculos de Beja, Portalegre e Évora, e José Luís Ferreira, do Partido Ecologista «Os Verdes», que apelou ao «reforço» da «verdadeira esquerda, alternativa em Portugal, que é a CDU». «O voto útil é na CDU, porque ajuda a eleger deputados que na Assembleia da República defendem intransigentemente os interesses da generalidade dos portugueses, sobretudo dos mais desfavorecidos. Deputados que ajudaram a combater políticas neoliberais e apresentaram propostas de inverter esta tendência que tem permitido que a pobreza alastre ao ritmo do aumento dos lucros dos grandes grupos económicos», afirmou.
Eduardo Luciano, referindo-se às eleições autárquicas de 11 de Outubro, comparou o projecto político da CDU com o do PS, que actualmente está à frente dos destinos da autarquia. «O projecto autárquico da CDU, em 25 anos de trabalho, transformou este território com opções pioneiras na área do urbanismo e com uma política cultural que prestigiou Évora, nacional e internacionalmente», recordou, acusando o PS, entre muitas outras situações, de «incapacidade» para cumprir as promessas feitas e de n~~ao conseguir «travar a desertificação do centro histórico».
Contra a desertificação do Alentejo
Por seu lado, José Soeiro, cabeça de lista da CDU pelo círculo eleitoral de Beja, acusou o PS e o PSD de terem, na Assembleia da República, conduzido o Alentejo à «desertificação», ao «empobrecimento» e à «estagnação económica e social». «No Alentejo, a CDU é a força política que está em melhores condições para retirar deputados e a maioria absoluta do PS e assim contribuir para derrotar a política de direita», salientou, apelando: «Vamos, camaradas e amigos, trabalhar e mobilizar para o voto na CDU».
O candidato de Portalegre falou de «êxodo rural» e de «desertificação humana». «A nossa população [de Portalegre] já não consegue sequer encher os dois maiores estádios de futebol da capital do País. Tudo isto foi obra de políticas sucessivas, objectivas, deliberadas e intencionais, de destruição do tecido rural, que provocaram o êxodo rural do interior do País, com particular violência no Alentejo», denunciou Joaquim Manuel, dando conta da reconstituição dos grandes latifúndios, «com todas as implicações e impactos negativos que sempre tiveram em toda a região».
O cabeça de lista da CDU falou ainda do encerramento de empresas no distrito e dos muitos trabalhadores que ficaram sem o seu emprego. «Neste cenário quase dantesco, os centros de emprego vão recebendo vagas quase diárias de novos e velhos desempregados que procuram novas oportunidades de trabalho», lamentou.
João Oliveira, candidato por Évora, também alertou para os «níveis recorde» do desemprego no distrito, que atinge «particularmente os jovens que são hoje mais de metade dos desempregados». «O Alentejo e o País não estão condenados à pobreza, às injustiças, às desigualdades e ao atraso. É possível construir um futuro de progresso, desenvolvimento e justiça social, mas para isso é preciso dar mais força à CDU», acentuou.
Derrotar a política de direita
Jerónimo de Sousa acusou ainda o PS e o PSD de andarem numa «roda-viva» a tentar «justificar as suas diferenças». «Esta semana discutiu-se muito a política fiscal. Ouviram falar nalguma proposta de fundo do PS ou do PSD que toque nos grandes interesses e faça justiça a quem vive do trabalho?», interrogou, frisando que é preciso dizer «basta» de injustiças e de uma «política que sacrifica sempre os mesmos».
Referindo-se aos programas eleitorais do PS e do PSD, o Secretário-geral do PCP lembrou que os dois partidos apresentam as mesmas «soluções» e as mesmas «orientações», que conduziram Portugal ao atraso e à crise. «Os que têm governado o País são responsáveis pela situação a que se chegou, não têm nenhuma resposta nova e diferente para os problemas», afirmou, alertando, caso os portugueses votem nos partidos de direita, para o «continuar» da «ofensiva contra os salários», das «pensões» e dos «serviços públicos».
«É por isso que dizemos que o grande objectivo nestas eleições é derrotar a política de direita e os seus protagonistas», sublinhou Jerónimo de Sousa.
6 razões para votar CDU
● O voto contra as injustiças e para uma vida melhor;
● voto de quem quer uma ruptura com a situação e uma mudança a sério;
● O voto certo para condenar o Governo e derrotar a política de direita do PS e do PSD;
● O voto que o Governo, a direita e o grande patronato mais temem;
● O voto que conta sempre para defender os interesses dos trabalhadores e do povo para construir uma política de esquerda;
● O voto para eleger mais deputados sempre comprometidos com os interesses dos trabalhadores e do povo.