Democracia a menos nos Açores
Em conferência de imprensa realizada, no dia 20, após a reunião da Direcção da Organização Regional dos Açores do PCP, Aníbal Pires, do Comité Central, denunciou a «asfixia da vida democrática regional». Para o dirigente do PCP, o clientelismo, o caciquismo e as perseguições pelas opções políticas individuais são prática corrente na Região e a «resignação e o medo estão instalados como estiveram até meados dos anos noventa».
Segundo Aníbal Pires, a resignação tem origem nas «falaciosas inevitabilidades da economia global» enquanto que o medo reside nas dependências do poder instituído que faz depender a satisfação de direitos individuais e colectivos do «livre arbítrio dos departamentos do governo».
Para além destes sentimentos, o dirigente comunista destacou ainda o aumento do descontentamento, o mesmo que permitiu que, em 1996, a sociedade açoreana se «libertasse da tutela da maioria laranja». Aníbal Pires realçou que esse mesmo descontentamento sente-se hoje no arquipélago, depois de alguns anos de latência em que esteve mergulhada, devido ao «desafogo temporal das finanças públicas e, sobretudo de muita demagogia, betão e asfalto em doses concentradas e polarizadas».
Considerando que, numa região periférica como o arquipélago dos Açores, a política de transportes assume um carácter decisivo para o desenvolvimento, Aníbal Pires realça que o governo regional se tem revelado, também nesta área, incapaz. A direcção regional do Partido considera mesmo que «a cada medida tomada, a cada opção, o governo, quando se trata da política de transportes, “mete água”».
Entre as críticas dos comunistas destacam-se os «custos elevados, dificuldades no escoamento da produção, insuficiente cobertura das necessidades e agora a retoma da ideia de transformar o Porto da Praia da Vitória em entreposto de distribuição de mercadorias para todas as ilhas do grupo central». Opção que visa, garante o PCP, «satisfazer interesses de grupos económicos e não a melhoria dos serviços de transportes marítimos de mercadorias».
Segundo Aníbal Pires, a resignação tem origem nas «falaciosas inevitabilidades da economia global» enquanto que o medo reside nas dependências do poder instituído que faz depender a satisfação de direitos individuais e colectivos do «livre arbítrio dos departamentos do governo».
Para além destes sentimentos, o dirigente comunista destacou ainda o aumento do descontentamento, o mesmo que permitiu que, em 1996, a sociedade açoreana se «libertasse da tutela da maioria laranja». Aníbal Pires realçou que esse mesmo descontentamento sente-se hoje no arquipélago, depois de alguns anos de latência em que esteve mergulhada, devido ao «desafogo temporal das finanças públicas e, sobretudo de muita demagogia, betão e asfalto em doses concentradas e polarizadas».
Considerando que, numa região periférica como o arquipélago dos Açores, a política de transportes assume um carácter decisivo para o desenvolvimento, Aníbal Pires realça que o governo regional se tem revelado, também nesta área, incapaz. A direcção regional do Partido considera mesmo que «a cada medida tomada, a cada opção, o governo, quando se trata da política de transportes, “mete água”».
Entre as críticas dos comunistas destacam-se os «custos elevados, dificuldades no escoamento da produção, insuficiente cobertura das necessidades e agora a retoma da ideia de transformar o Porto da Praia da Vitória em entreposto de distribuição de mercadorias para todas as ilhas do grupo central». Opção que visa, garante o PCP, «satisfazer interesses de grupos económicos e não a melhoria dos serviços de transportes marítimos de mercadorias».