Os delegados respondem

Como foi a preparação do Congresso?

• He­lena Neves, Gaia
A preparação foi muito trabalhosa, mas sobretudo motivadora. À medida que vamos preparando, apercebemo-nos de que não estamos sozinhos. Temos uma organização muito grande e nesta fase aumenta a motivação dos militantes.

• Cátia La­peiro, Coimbra
Foi muito positiva. È uma altura privilegiada para o reforço da organização com as exigências que coloca, novas tarefas… Envolvemos muitos camaradas e recrutámos mais gente que envolvemos logo no trabalho.

• Pa­trícia So­ares, Olhão
Foi complicada. Trabalhámos durante nove meses em distribuições, na colagem de cartazes, na campanha de fundos. Conseguimos quase atingir a meta de novos recrutamentos. Foi complicado, mas o resultado está à vista: temos um grande Congresso.

• Cátia Ta­vares, Moita
Tivemos a preocupação de fazer chegar a todos os nossos amigos a informação do que é a JCP e o Congresso, dizendo que seria no Norte pela primeira vez. Tentámos recrutar para termos mais «mão-de-obra», vendemos rifas, fizemos jantaradas… O convívio é um dos factores positivos da JCP.

• André Mar­telo, Seixal
Fizemos várias iniciativas para divulgar o Congresso e preparar os camaradas: filmes, debates, torneios, reuniões, murais, colagem de cartazes, distribuições. Queríamos consciencializar os camaradas para o que vínhamos aqui fazer e tentar recrutar mais pessoas.

• Da­niel Vi­eira, Porto
Para além da preparação política, aqui no Porto tivemos a preparação logística e técnica. Exigiu uma capacidade de organização e empenhamento muito grande, um esforço militante e colectivo, desde fazer o pano de fundo até a decoração do tecto. Fomos a todas as escolas secundárias do Porto, a muitas do superior, a muitas empresas e conseguimos mais de 80 recrutamentos.

• Luís Ba­rata, Viseu
Divulgámos o Congresso através de flyers e murais. Fizemos 8 murais em Viseu, uma cidade limitada para os comunistas se moverem. A reacção das pessoas foi bastante positiva, mas a relação com a polícia foi má. Apesar de ser legal, sempre que pintávamos murais apreendiam-nos os materiais e passávamos horas na esquadra para assinar o auto de apreensão. Chegámos a ser ameaçados e só faltou dizer que era a polícia que fazia a lei…

• Joana Vi­si­tação, Faro
Entrei para a JCP na fase de preparação e acompanhei os concertos, pintura de murais, distribuições, reuniões… Fizemos recrutamentos. O Congresso é realmente o ponto máximo da JCP e valeu a pena o trabalho e o esforço. Estamos empenhados em levar a JCP para a frente.

• Ale­xandra Ba­zenga, Ma­deira
Na preparação, tentámos unir os camaradas, juntar o pessoal, ir às escolas fazer distribuições, pintar murais, colagens, reunir os colectivos discutindo o projecto de resolução política, esclarecendo, tirando dúvidas, informando, mostrando a importância do Congresso, quanto é importante a JCP para a nossa vida e para a resolução dos problemas da juventude.


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A construção de um futuro <br>de igualdade e justiça

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Cerca de 750 delegados participaram no congresso. Do total, 699 entregaram a ficha de presença. Destes, 55 por cento eram rapazes e 45 por cento raparigas. A média de idades era de 19,8 anos. Quanto à ocupação, 44 por cento são estudantes do ensino secundário, 24 por cento estudantes do ensino superior, 23 por cento trabalhadores e 9 por cento trabalhadores-estudantes.

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