Os delegados respondem

O que significa ser militante da JCP?

• Sofia Bento, Aveiro
Em primeiro lugar, ser militante da JCP é acreditar que se pode fazer alguma coisa para mudar a sociedade. Depois, também é o convívio, conhecer pessoas novas e de outros sítios.

• Marta Matos, Almada
É não estar sozinho, é estar integrado num colectivo onde até a vertente pessoal e afectiva é muito importante. Nos erros e nas conquistas estamos sempre acompanhados e as aquisições e os conhecimentos que tiramos da nossa intervenção diária são sempre muito mais ricos. É ter um sonho e um projecto para o alcançar e acreditar no futuro.

• Cátia Pereira, Sintra
É sentir que é preciso termos intervenção na sociedade e fazer com que as outras pessoas acordem, como a canção de Fernando Lopes Graça. Eu tenho a paixão pela fotografia e retrato a militância e a JCP.

• Hugo Garrido, Lisboa
É ter a consciência que não se transforma o sonho em vida de um dia para o outro, mas sim no trabalho diário, nas conversas. Está intimamente ligado à transformação da sociedade e só uma organização como a nossa consegue ter verdadeira militância. É dar um bocadinho de nós cada dia. Em cada pessoa será uma coisa diferente, mas tudo isso é militância.

• José Tiago, Madeira
É intervir num organismo, ter uma posição na sociedade, tentar responsabilizar as pessoas que nos rodeiam, estabelecer contactos com as massas. É também desenvolver trabalho de militância, participar activamente na organização.

• Diana Cunha, Chaves
É encontrar um espaço onde podemos trocar experiências. Mesmo que sejamos de sítios diferentes e tenhamos estilos diferentes, partilhamos os mesmos ideais e, com esse elemento comum, é fácil realizar o nosso trabalho político. Dá-nos sentido de responsabilidade, maturidade, capacidade de sociabilização e iniciativa. Os mais velhos vêem como os jovens são activos e perdem preconceitos.

• Bárbara Barros, Braga
É ser aquele que dá mais. É dar um pouco de nós a um ideal, apostar na luta e ter força, sem medo de dar mais um pouco, de arriscar. É pertencer a um grupo enorme de pessoas, é trabalhar em união. Estar na JCP é ter a preocupação com todas as injustiças, estando ligado ao ideal marxista-leninista e ao Partido. É tentar resolver os problemas, principalmente dos jovens.

• Elísio Sousa, Coimbra
É uma grande alegria e uma enorme responsabilidade. É estar atento todos os dias aos problemas que a juventude enfrenta, aos seus anseios e expectativas. É querer transformar o sonho em vida e trazer mais amigos para esta nossa grande luta.

• Nélia Alves, S. João da Madeira
É acreditar que nós, como seres pequeninos, podemos fazer algo grande no nosso país, conseguir um futuro melhor, ter projectos de acordo com as nossas necessidades. É uma outra vida, em que trabalhamos naquilo em que acreditamos.


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A construção de um futuro <br>de igualdade e justiça

O 8.º Congresso da JCP realizou-se em Vila Nova de Gaia, no sábado e no domingo, com cerca de 750 delegados. O espírito do lema - Transformar o sonho em vida - esteve presente em todas as intervenções, com vista à construção de um futuro de igualdade e justiça.

Perfil dos delegados e da Direcção Nacional

Cerca de 750 delegados participaram no congresso. Do total, 699 entregaram a ficha de presença. Destes, 55 por cento eram rapazes e 45 por cento raparigas. A média de idades era de 19,8 anos. Quanto à ocupação, 44 por cento são estudantes do ensino secundário, 24 por cento estudantes do ensino superior, 23 por cento trabalhadores e 9 por cento trabalhadores-estudantes.

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