Da ecologia à toxicodependência
Os temas abordados no Congresso multiplicaram-se e reflectem as preocupações e problemas dos jovens, como a desertificação do interior, a co-incineração, a toxicodependência, o associativismo e direitos e liberdades.
A toxicodependência é um problema que toca quase todas as famílias portuguesas e que envolve 120 mil pessoas em Portugal. Como referiu Marta Matos, a questão deve ser encarada de forma global e integrada. «O consumo de droga é consequência do aprofundamento das desigualdades sociais do sistema capitalista e serve-lhe na perfeição por condicionar a capacidade interventiva e transformadora da juventude», sustentou, defendendo que é essencial resolver os problemas sociais e políticos que estão na origem da toxicodependência; prevenir o consumo; e reinserir os toxicodependentes em tratamento nas dimensões familiar, escolar, laboral e social. «O tratamento da toxicodependência deve ser assegurada como um direito pelo Estado», sublinhou.
Outra questão muito sentida pelos jovens é a falta de apoio às associações. «O associativismo é uma escola de cooperação, solidariedade, independência, generosidade, humanismo e cidadania. Concilia os valores colectivos e individuais, constituindo um contributo insubstituível para a formação dos jovens», afirmou Bruno Martins.
«Através do estrangulamento financeiro e da diminuição do peso das associações junto dos jovens e do poder, o Governo quer transformar as associações juvenis em plataformas institucionais de forte carácter administrativo, pois a garantia de insubmissão e incapacidade reivindicativa de uma associação é condição essencial para o avanço das políticas de direita que ofendem os direitos da juventude», denunciou.
A desertificação do interior do País foi abordado por Carina Costa, que mostrou como o distrito de Castelo Branco viu ser destruído o seu aparelho produtivo e como se instalou o desemprego, a exploração e o trabalho precário. Aos jovens resta ter vários empregos simultaneamente ou emigrar. «O Governo vem agora clamar pelo encerramento de diversos serviços públicos: postos da GNR, unidades de saúde, maternidades, escolas… Só na zona do Pinhal, deverão encerrar cerca de 30 escolas», exemplificou.
Ambiente… e não só
A co-incineração de resíduos industriais perigosos é uma ameaça sentida por algumas populações, entre elas a de Setúbal. «O Parque da Arrábida é uma área ambientalmente protegida, candidata a Património Natural Mundial da Humanidade e não é possível garantir as condições de segurança no transporte de resíduos. É completamente incompatível a queima de resíduos tóxicos com o desenvolvimento de Setúbal como área turística», argumentou Joana Toscano.
A JCP está contra a co-incineração em qualquer ponto do País e propõe a política de redução, reciclagem e reutilização e a dinamização dos centros integrados de recuperação, valorização e eliminação de resíduos. «O que está por trás da insistência na co-incineração é o rentável negócio da queima de resíduos perigosos provenientes de outros países», acrescentou.
Direitos, liberdades e garantias foram abordados por Inês Carvalho, que referiu os ataques profundos à educação, saúde e segurança social, despojando o Estado das suas funções sociais «que garantem a concretização destes direitos, sem os quais a democracia não passaria de democracia política».
A alteração das leis eleitorais e dos partidos visa forçar um sistema bipolar, «desviando a proporcionalidade e retirando a capacidade de formação de verdadeiras alternativas institucionais no quadro do sistema partidário», num grave ataque à liberdade de associação. «Não são menos graves as tentativas de silenciamento e criminalização dos protestos, como a proibição de manifestações e os atropelos ao direito à greve, à participação e organização sindical», referiu Inês Carvalho.
Estas ameaças já se tornaram reais para muitos jovens, em particular na Madeira, onde impera o «poder fascizante» do Governo Regional. «O emprego precário e sem direitos e a tentativa de minorar a procura de educação por parte dos jovens é condição sine qua non na estratégia de dominação, mas para tudo existe uma solução. Neste caso, a luta por uma sociedade mais justa», declarou Rui Piedade. «Os comunistas são o bode expiatório de todos os males existentes, o que demonstra a preocupação do jardinismo com o PCP e com a nossa oposição combativa», acrescentou.
Outra questão muito sentida pelos jovens é a falta de apoio às associações. «O associativismo é uma escola de cooperação, solidariedade, independência, generosidade, humanismo e cidadania. Concilia os valores colectivos e individuais, constituindo um contributo insubstituível para a formação dos jovens», afirmou Bruno Martins.
«Através do estrangulamento financeiro e da diminuição do peso das associações junto dos jovens e do poder, o Governo quer transformar as associações juvenis em plataformas institucionais de forte carácter administrativo, pois a garantia de insubmissão e incapacidade reivindicativa de uma associação é condição essencial para o avanço das políticas de direita que ofendem os direitos da juventude», denunciou.
A desertificação do interior do País foi abordado por Carina Costa, que mostrou como o distrito de Castelo Branco viu ser destruído o seu aparelho produtivo e como se instalou o desemprego, a exploração e o trabalho precário. Aos jovens resta ter vários empregos simultaneamente ou emigrar. «O Governo vem agora clamar pelo encerramento de diversos serviços públicos: postos da GNR, unidades de saúde, maternidades, escolas… Só na zona do Pinhal, deverão encerrar cerca de 30 escolas», exemplificou.
Ambiente… e não só
A co-incineração de resíduos industriais perigosos é uma ameaça sentida por algumas populações, entre elas a de Setúbal. «O Parque da Arrábida é uma área ambientalmente protegida, candidata a Património Natural Mundial da Humanidade e não é possível garantir as condições de segurança no transporte de resíduos. É completamente incompatível a queima de resíduos tóxicos com o desenvolvimento de Setúbal como área turística», argumentou Joana Toscano.
A JCP está contra a co-incineração em qualquer ponto do País e propõe a política de redução, reciclagem e reutilização e a dinamização dos centros integrados de recuperação, valorização e eliminação de resíduos. «O que está por trás da insistência na co-incineração é o rentável negócio da queima de resíduos perigosos provenientes de outros países», acrescentou.
Direitos, liberdades e garantias foram abordados por Inês Carvalho, que referiu os ataques profundos à educação, saúde e segurança social, despojando o Estado das suas funções sociais «que garantem a concretização destes direitos, sem os quais a democracia não passaria de democracia política».
A alteração das leis eleitorais e dos partidos visa forçar um sistema bipolar, «desviando a proporcionalidade e retirando a capacidade de formação de verdadeiras alternativas institucionais no quadro do sistema partidário», num grave ataque à liberdade de associação. «Não são menos graves as tentativas de silenciamento e criminalização dos protestos, como a proibição de manifestações e os atropelos ao direito à greve, à participação e organização sindical», referiu Inês Carvalho.
Estas ameaças já se tornaram reais para muitos jovens, em particular na Madeira, onde impera o «poder fascizante» do Governo Regional. «O emprego precário e sem direitos e a tentativa de minorar a procura de educação por parte dos jovens é condição sine qua non na estratégia de dominação, mas para tudo existe uma solução. Neste caso, a luta por uma sociedade mais justa», declarou Rui Piedade. «Os comunistas são o bode expiatório de todos os males existentes, o que demonstra a preocupação do jardinismo com o PCP e com a nossa oposição combativa», acrescentou.