Não nos tirem a saúde
A CGTP-IN e o Movimento de Utentes dos Serviços Públicos acusam o Governo de «querer transformar a saúde numa fonte de negócio» e de fazer recair sobre os utentes mais encargos.
«Os hospitais de São José, Capuchos e St.ª Marta encontram-se ameaços de encerramento»
Depois de ter sido anunciada pela tutela a decisão de encerrar o Hospital do Desterro, em Lisboa, a confederação sindical e a estrutura de defesa dos direitos dos utentes temem que tal medida represente apenas o início de um processo mais amplo de liquidação de outros serviços e unidades de saúde.
Na capital, os hospitais de São José, Capuchos e St.ª Marta encontram-se ameaços pelas medidas propostas pelo executivo Sócrates, dizem a CGTP e o MUSP, preocupações extensíveis, segundo as organizações, às maternidades de Torres Vedras, Vila Franca de Xira e Cascais, entre outras.
Contra o encerramento do Hospital do Desterro circula já um abaixo-assinado promovido pelo MUSP e pela União de Sindicatos de Lisboa, mas a gravidade das “reformas” que Correia de Campos, o actual ministro da Saúde, pretende impor aos utentes é tal, que as estruturas apelam à população para que «manifeste a sua indignação».
Nesse sentido, à hora de fecho da nossa redacção, decorria em Lisboa, junto ao ministério da Saúde, uma concentração de protesto contra as medidas governamentais e em favor da manutenção do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Lucros para os privados, taxas para os utentes
A par do encerramento de urgências nocturnas em centros de saúde e respectivas extensões, e de valências e unidades hospitalares, a CGTP e o MUSP temem que o governo do Partido Socialista continue a sanha privatizadora do SNS, nomeadamente através da construção de novos hospitais com contratos de exploração e concessões garantidos para os privados. No caso do Hospital de St.ª Maria, alguns serviços podem ter esses mesmo destino.
Acresce que o governo aumentou, ainda recentemente, as taxas moderadoras em 23 por cento e os preços dos cuidados de saúde prestados entre 25 e 50 por cento, factores que aliados à subida dos encargos com os medicamentos, fazem acreditar que a orientação política se traduz no crescimento dos «lucros para os privados» e no «aumento dos preços para os utentes», como afirmam a USL e o MUSP na tarjeta distribuída à população.
Cordão contra encerramento
A respeito do possível encerramento da maternidade do Hospital Sousa Martins, na Guarda, a União de Sindicatos (USG) do distrito promoveu, ao final do dia de anteontem, um cordão humano entre a Alameda de St.º André e o Governo Civil, no centro da cidade.
Em declarações à Lusa, Honorato Robalo, da USG, considerou que o serviço de maternidade tem «todas as condições para continuar a funcionar».
Esta unidade acolhe mais de 800 partos todos os anos e dispõe de uma equipa permanente com dois obstetras, um pediatra, um anestesista e duas enfermeiras especializadas integrados num serviço de neonatologia bem equipado e com uma experiência de 16 anos.
Na capital, os hospitais de São José, Capuchos e St.ª Marta encontram-se ameaços pelas medidas propostas pelo executivo Sócrates, dizem a CGTP e o MUSP, preocupações extensíveis, segundo as organizações, às maternidades de Torres Vedras, Vila Franca de Xira e Cascais, entre outras.
Contra o encerramento do Hospital do Desterro circula já um abaixo-assinado promovido pelo MUSP e pela União de Sindicatos de Lisboa, mas a gravidade das “reformas” que Correia de Campos, o actual ministro da Saúde, pretende impor aos utentes é tal, que as estruturas apelam à população para que «manifeste a sua indignação».
Nesse sentido, à hora de fecho da nossa redacção, decorria em Lisboa, junto ao ministério da Saúde, uma concentração de protesto contra as medidas governamentais e em favor da manutenção do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Lucros para os privados, taxas para os utentes
A par do encerramento de urgências nocturnas em centros de saúde e respectivas extensões, e de valências e unidades hospitalares, a CGTP e o MUSP temem que o governo do Partido Socialista continue a sanha privatizadora do SNS, nomeadamente através da construção de novos hospitais com contratos de exploração e concessões garantidos para os privados. No caso do Hospital de St.ª Maria, alguns serviços podem ter esses mesmo destino.
Acresce que o governo aumentou, ainda recentemente, as taxas moderadoras em 23 por cento e os preços dos cuidados de saúde prestados entre 25 e 50 por cento, factores que aliados à subida dos encargos com os medicamentos, fazem acreditar que a orientação política se traduz no crescimento dos «lucros para os privados» e no «aumento dos preços para os utentes», como afirmam a USL e o MUSP na tarjeta distribuída à população.
Cordão contra encerramento
A respeito do possível encerramento da maternidade do Hospital Sousa Martins, na Guarda, a União de Sindicatos (USG) do distrito promoveu, ao final do dia de anteontem, um cordão humano entre a Alameda de St.º André e o Governo Civil, no centro da cidade.
Em declarações à Lusa, Honorato Robalo, da USG, considerou que o serviço de maternidade tem «todas as condições para continuar a funcionar».
Esta unidade acolhe mais de 800 partos todos os anos e dispõe de uma equipa permanente com dois obstetras, um pediatra, um anestesista e duas enfermeiras especializadas integrados num serviço de neonatologia bem equipado e com uma experiência de 16 anos.
Utentes e sindicatos exigem:
· A manutenção do Hospital do Desterro e de outras unidades de saúde públicas até se encontrarem alternativas
· A responsabilização do Estado na organização e gestão dos centros de saúde e dos hospitais públicos
· A demarcação clara no SNS do interesse público e dos negócios privados
· Um SNS universal, geral e tendencialmente gratuito
· A garantia de acesso de todos os cidadãos, independentemente da respectiva condição económica, aos 3 níveis de cuidados de saúde: prevenção, tratamento e reabilitação