Futuro do têxtil preocupa
O futuro do sector têxtil nacional continua a preocupar os comunistas portugueses. Numa recente iniciativa, realizada conjuntamente pelas organizações regionais de Braga e Castelo Branco, os comunistas contactaram com trabalhadores e seus representantes, bem como com alguns empresários do sector.
Na reunião conjunta com o Sindicato Têxtil da Beira Alta e com trabalhadoras da empresa Belinos & Belinos, foi levantada com muita força a questão do investimento do Estado em várias empresas, sem que tenha havido qualquer fiscalização da aplicação desses fundos. Algumas delas já encerraram, como a Vodratex, a Gartêxtil, a Estêvão Ubak, ou a própria Belinos & Belinos. Nesta última, o patronato criou, artificialmente, três empresas, para onde deslocou a maioria das trabalhadoras. Na empresa-mãe ficaram apenas 18.
Na reunião, uma das trabalhadoras afirmou mesmo que «fomos enganadas, isto é uma injustiça que nos estão a fazer. Acreditámos nos patrões que nos garantiam que não perdíamos regalias nenhumas ficando a receber daquelas empresas». Uma outra, reforçando a indignação da sua companheira, realçou que «continuávamos no mesmo edifício, no mesmo posto de trabalho onde estávamos há mais de 30 anos, agora só nos querem dar o Fundo de Garantia e as indemnizações a partir de 1996». E acrescentou: «Ficam com o dinheiro nos bolsos da venda do património e do dinheiro do Estado, o nosso dinheiro está lá.» Uma outra trabalhadora informou que o Fundo de Garantia vai acabar em Junho pelo que se teme situações de fome em diversos lares.
Esta reunião confirmou o grande desespero e revolta destas trabalhadoras que se consideram duplamente enganadas já que confiaram nos patrões. «Nunca lá quiseram os delegados sindicais dentro da empresa, sempre que nos pediam trabalhávamos ao fim de semana e fazíamos muitas horas extraordinárias e agora é a paga», destacou, revoltada, uma trabalhadora. Na reunião, também se fez ouvir a revolta contra o PS, no poder local e no poder central. «Nessa altura (em 96) andavam lá todos, o Santinho Pacheco, da Câmara, o Dr. Pina Moura, o António José Seguro, promessas e mais promessas e agora esqueceram-se de nós.»
Na reunião conjunta com o Sindicato Têxtil da Beira Alta e com trabalhadoras da empresa Belinos & Belinos, foi levantada com muita força a questão do investimento do Estado em várias empresas, sem que tenha havido qualquer fiscalização da aplicação desses fundos. Algumas delas já encerraram, como a Vodratex, a Gartêxtil, a Estêvão Ubak, ou a própria Belinos & Belinos. Nesta última, o patronato criou, artificialmente, três empresas, para onde deslocou a maioria das trabalhadoras. Na empresa-mãe ficaram apenas 18.
Na reunião, uma das trabalhadoras afirmou mesmo que «fomos enganadas, isto é uma injustiça que nos estão a fazer. Acreditámos nos patrões que nos garantiam que não perdíamos regalias nenhumas ficando a receber daquelas empresas». Uma outra, reforçando a indignação da sua companheira, realçou que «continuávamos no mesmo edifício, no mesmo posto de trabalho onde estávamos há mais de 30 anos, agora só nos querem dar o Fundo de Garantia e as indemnizações a partir de 1996». E acrescentou: «Ficam com o dinheiro nos bolsos da venda do património e do dinheiro do Estado, o nosso dinheiro está lá.» Uma outra trabalhadora informou que o Fundo de Garantia vai acabar em Junho pelo que se teme situações de fome em diversos lares.
Esta reunião confirmou o grande desespero e revolta destas trabalhadoras que se consideram duplamente enganadas já que confiaram nos patrões. «Nunca lá quiseram os delegados sindicais dentro da empresa, sempre que nos pediam trabalhávamos ao fim de semana e fazíamos muitas horas extraordinárias e agora é a paga», destacou, revoltada, uma trabalhadora. Na reunião, também se fez ouvir a revolta contra o PS, no poder local e no poder central. «Nessa altura (em 96) andavam lá todos, o Santinho Pacheco, da Câmara, o Dr. Pina Moura, o António José Seguro, promessas e mais promessas e agora esqueceram-se de nós.»