Intervenção de Carlos Carvalhas
A actualidade dos ideais revolucionários
Intervindo no final do Seminário Internacional sobre os 30 anos do 25 de Abril, Carlos Carvalhas sublinhou a actualidade e projecção dos ideais, valores e realizações da Revolução portuguesa nos caminhos da luta que, «para hoje e para amanhã, continuamos a querer percorrer, na base de uma profunda, apaixonada e consequente vinculação aos ideais da liberdade, da democracia, da paz, da justiça social, do socialismo».
Saudando com uma especial palavra de gratidão aos representantes dos partidos estrangeiros que participaram no seminário, o secretário-geral comunista lembrou a generosa e forte solidariedade internacional que os comunistas e o povo português receberam ao longo da sua luta contra o fascismo. E que, «de forma inesquecível, também retribuíram no curso da revolução de Abril», afirmou, lembrando as grandes jornadas de solidariedade com os povos do Chile e do Brasil, bem como com os povos das ex-colónias.
Considerando que muito mudou no mundo nos últimos 30 anos, o dirigente do PCP entende ser maior e mais imperativa a «exigência do reforço e multifacetado desenvolvimento das formas e acções de cooperação e solidariedade entre todas as forças, correntes e movimentos que querem fazer recuar a agressividade do imperialismo e querem fazer progredir e concretizar inadiáveis aspirações da humanidade a um mundo mais justo».
Para Carlos Carvalhas, o derrubamento da ditadura e a Revolução de Abril são acontecimentos maiores da história portuguesa. Como tal, não há reescritas da história nem maquilhagens semânticas que possam «desmerecer, apoucar ou apagar» estas inesquecíveis conquistas populares.
Coerentes ao longo de décadas
Reafirmando a «comovida homenagem à coragem e iniciativa dos capitães do MFA e ao seu papel decisivo no derrubamento da ditadura», Carlos Carvalhas lembra que o PCP combate as teses que tendem a separar o levantamento militar do longo processo «prolongado e heróico da resistência popular e democrática ao fascismo». Não foi por acaso, realça, que o Programa do MFA incorporou de forma tão substancial reivindicações e objectivos contidos no programa do PCP.
Na opinião de Carlos Carvalhas, o «vasto e diversificado património de realizações do 25 de Abril – da conquista de uma efectiva democracia política às nacionalizações, da intervenção dos trabalhadores nas empresas à Reforma Agrária», representam «páginas brilhantes e luminosas da vida nacional». Páginas que, lembra, foram escritas pela luta dos trabalhadores, de milhares de portugueses, civis e militares, de ideias progressistas e do PCP.
O secretário-geral comunista lembra ainda que os conflitos e confrontos «efectivamente verificados tiveram causas e como causa maior tiveram exactamente a resistência e a oposição violenta aos rumos libertadores do 25 de Abril». E recusa que se esqueça que a Revolução de Abril «foi sobretudo um tempo de incomparável participação popular, de liberdade e democracia conquistadas e exercidas dia a dia, de imaginação e criatividade, de generosidade individual e colectiva».
Quando tanto se fala de terrorismo, Carvalhas lembrou que a «longa noite fascista foi o governo terrorista dos monopólios e latifundiários» e que, durante o período revolucionário, «o grande capital, as forças fascistas, reaccionárias e de direita, incapazes de conterem a dinâmica revolucionária» prepararam golpes contra-revolucionários e enveredaram pelo terrorismo bombista. «Ao longo de todos esses anos quem se encontra entre os torcionários, os golpistas, os contra-revolucionários e os terroristas não são os comunistas», recordou. «Estes encontram-se entre as vítimas do fascismo, entre os que sofrem o terrorismo bombista.»
Seminário solidário
Num seminário internacional sobre os ideais de Abril, a solidariedade com a luta dos trabalhadores e dos povos foi uma constante. Nem podia ser de outra maneira. Nas suas palavras finais, o secretário-geral do PCP destacou o facto de se comemorar Abril no momento em que um «governo vassalo de Bush atrelou o País a uma guerra ilegítima na base de uma mentira que provocou a morte a milhares de civis inocentes e a uma ocupação vergonhosa». Tudo, destaca, ao serviço dos interesses das companhias petrolíferas.
Mas comemora-se também Abril no momento em que, em Portugal e no mundo, cresce a condenação à guerra e a exigência pela retirada das tropas ocupantes. Para Carlos Carvalhas, o PSD e o PP «têm saudades do colonialismo e da guerra colonial».
A terminar, o dirigente do PCP endereçou uma especial palavra de solidariedade para o povo da Palestina e para a Autoridade Nacional Palestiniana e a «todas as forças de paz que em Israel lutam por um Estado Palestiniano independente, por uma solução pacífica».
Saudando com uma especial palavra de gratidão aos representantes dos partidos estrangeiros que participaram no seminário, o secretário-geral comunista lembrou a generosa e forte solidariedade internacional que os comunistas e o povo português receberam ao longo da sua luta contra o fascismo. E que, «de forma inesquecível, também retribuíram no curso da revolução de Abril», afirmou, lembrando as grandes jornadas de solidariedade com os povos do Chile e do Brasil, bem como com os povos das ex-colónias.
Considerando que muito mudou no mundo nos últimos 30 anos, o dirigente do PCP entende ser maior e mais imperativa a «exigência do reforço e multifacetado desenvolvimento das formas e acções de cooperação e solidariedade entre todas as forças, correntes e movimentos que querem fazer recuar a agressividade do imperialismo e querem fazer progredir e concretizar inadiáveis aspirações da humanidade a um mundo mais justo».
Para Carlos Carvalhas, o derrubamento da ditadura e a Revolução de Abril são acontecimentos maiores da história portuguesa. Como tal, não há reescritas da história nem maquilhagens semânticas que possam «desmerecer, apoucar ou apagar» estas inesquecíveis conquistas populares.
Coerentes ao longo de décadas
Reafirmando a «comovida homenagem à coragem e iniciativa dos capitães do MFA e ao seu papel decisivo no derrubamento da ditadura», Carlos Carvalhas lembra que o PCP combate as teses que tendem a separar o levantamento militar do longo processo «prolongado e heróico da resistência popular e democrática ao fascismo». Não foi por acaso, realça, que o Programa do MFA incorporou de forma tão substancial reivindicações e objectivos contidos no programa do PCP.
Na opinião de Carlos Carvalhas, o «vasto e diversificado património de realizações do 25 de Abril – da conquista de uma efectiva democracia política às nacionalizações, da intervenção dos trabalhadores nas empresas à Reforma Agrária», representam «páginas brilhantes e luminosas da vida nacional». Páginas que, lembra, foram escritas pela luta dos trabalhadores, de milhares de portugueses, civis e militares, de ideias progressistas e do PCP.
O secretário-geral comunista lembra ainda que os conflitos e confrontos «efectivamente verificados tiveram causas e como causa maior tiveram exactamente a resistência e a oposição violenta aos rumos libertadores do 25 de Abril». E recusa que se esqueça que a Revolução de Abril «foi sobretudo um tempo de incomparável participação popular, de liberdade e democracia conquistadas e exercidas dia a dia, de imaginação e criatividade, de generosidade individual e colectiva».
Quando tanto se fala de terrorismo, Carvalhas lembrou que a «longa noite fascista foi o governo terrorista dos monopólios e latifundiários» e que, durante o período revolucionário, «o grande capital, as forças fascistas, reaccionárias e de direita, incapazes de conterem a dinâmica revolucionária» prepararam golpes contra-revolucionários e enveredaram pelo terrorismo bombista. «Ao longo de todos esses anos quem se encontra entre os torcionários, os golpistas, os contra-revolucionários e os terroristas não são os comunistas», recordou. «Estes encontram-se entre as vítimas do fascismo, entre os que sofrem o terrorismo bombista.»
Seminário solidário
Num seminário internacional sobre os ideais de Abril, a solidariedade com a luta dos trabalhadores e dos povos foi uma constante. Nem podia ser de outra maneira. Nas suas palavras finais, o secretário-geral do PCP destacou o facto de se comemorar Abril no momento em que um «governo vassalo de Bush atrelou o País a uma guerra ilegítima na base de uma mentira que provocou a morte a milhares de civis inocentes e a uma ocupação vergonhosa». Tudo, destaca, ao serviço dos interesses das companhias petrolíferas.
Mas comemora-se também Abril no momento em que, em Portugal e no mundo, cresce a condenação à guerra e a exigência pela retirada das tropas ocupantes. Para Carlos Carvalhas, o PSD e o PP «têm saudades do colonialismo e da guerra colonial».
A terminar, o dirigente do PCP endereçou uma especial palavra de solidariedade para o povo da Palestina e para a Autoridade Nacional Palestiniana e a «todas as forças de paz que em Israel lutam por um Estado Palestiniano independente, por uma solução pacífica».