Intensificar a luta
No final de um almoço em Loures, no domingo, o secretário-geral do PCP voltou a insistir na necessidade de pôr fim ao Governo e à sua política.
A «constituição europeia» é feita à medida das grandes potências
Discursando para as cerca de trezentas pessoas que no passado domingo participaram num almoço em São João da Talha, Carlos Carvalhas voltou a colocar no centro do debate a urgência de pôr fim ao Governo e à sua política. Para o secretário-geral do PCP, com a convergência de todas as forças de oposição e, sobretudo, com a luta dos trabalhadores e de outras camadas da população, este objectivo será possível de alcançar.
O dirigente comunista alertou para a defesa da independência e soberania nacionais, ameaçadas pelas políticas do actual Governo, marcadas pela destruição do aparelho produtivo, subcontratação da economia, privatizações, deslocalizações e falências de empresas. Carlos Carvalhas desafiou o Presidente da República a não deixar de ter uma palavra a dizer sobre estas questões.
Sobre o Orçamento de Estado para 2004, o secretário-geral comunista entende que Portugal vai «continuar no marasmo, a marcar passo». Quanto aos apregoados (pelo Governo) sinais de recuperação da economia nacional, Carvalhas ironizou, afirmando que só com lupa são visíveis.
O dirigente do PCP considera que o Orçamento de Estado para o próximo ano prossegue o eixo essencial da política do Governo, marcadamente neoliberal. Para Carvalhas, a máxima desta política é: «Se queres saúde, paga; se queres ensino, paga; e se quiseres pagar menos impostos, torna-te rico.» Outros eixos do orçamento são, para Carlos Carvalhas, o aumento da carga fiscal sobre os trabalhadores - que verão as actualizações salariais absorvidas pelos impostos e pela inflação -, a diminuição das despesas do Estado com a saúde, a educação e a segurança social e a quebra do investimento produtivo.
Na opinião do secretário-geral do PCP, também a chamada «constituição europeia» ameaça a soberania nacional. O tratado – feito à medida dos interesses dos grandes – é «um caminho para o federalismo», para um directório das grandes potências. Com isto o PCP não pactua, assegurou.
Uma luta heróica
Carlos Carvalhas participava num almoço evocativo das greves operárias pelo pão e pelos géneros que abalaram o fascismo entre 1943 e 1945. O almoço é a primeira iniciativa de um ciclo dedicado a este marco da luta da classe operária portuguesa, promovida pelas comissões concelhias e Loures e Vila Franca de Xira do PCP. Está prevista uma exposição alusiva às greves, complementada por um folheto explicativo que percorrerá, até Maio de 2004, colectividades e praças de ambos os concelhos. Será ainda lançado um vídeo, a ser distribuído pelas escolas. A evocação termina em Vila Franca de Xira, entre os dias 8 e 9 de Maio do próximo ano.
Antes de Carlos Carvalhas, coube a Luís Fernandes, da DORL, intervir sobre o motivo da evocação. Este dirigente do PCP lembrou que 1943 foi um ano marcado pela ascensão das lutas da classe operária, que teriam o seu ponto alto nas greves de 8 e 9 de Maio do ano seguinte. Luís Fernandes recordou que esta vaga de lutas pelo pão e pelos géneros fez-se sentir de forma particular em vastas zonas da margem sul do Tejo e do Ribatejo, mas também em Lisboa, Amadora, Pêro Pinheiro, Loures e Vila Franca de Xira. O membro da DORL lembrou que a reivindicação de pão e géneros estendeu-se aos camponeses de dezenas de localidades.
O dirigente comunista alertou para a defesa da independência e soberania nacionais, ameaçadas pelas políticas do actual Governo, marcadas pela destruição do aparelho produtivo, subcontratação da economia, privatizações, deslocalizações e falências de empresas. Carlos Carvalhas desafiou o Presidente da República a não deixar de ter uma palavra a dizer sobre estas questões.
Sobre o Orçamento de Estado para 2004, o secretário-geral comunista entende que Portugal vai «continuar no marasmo, a marcar passo». Quanto aos apregoados (pelo Governo) sinais de recuperação da economia nacional, Carvalhas ironizou, afirmando que só com lupa são visíveis.
O dirigente do PCP considera que o Orçamento de Estado para o próximo ano prossegue o eixo essencial da política do Governo, marcadamente neoliberal. Para Carvalhas, a máxima desta política é: «Se queres saúde, paga; se queres ensino, paga; e se quiseres pagar menos impostos, torna-te rico.» Outros eixos do orçamento são, para Carlos Carvalhas, o aumento da carga fiscal sobre os trabalhadores - que verão as actualizações salariais absorvidas pelos impostos e pela inflação -, a diminuição das despesas do Estado com a saúde, a educação e a segurança social e a quebra do investimento produtivo.
Na opinião do secretário-geral do PCP, também a chamada «constituição europeia» ameaça a soberania nacional. O tratado – feito à medida dos interesses dos grandes – é «um caminho para o federalismo», para um directório das grandes potências. Com isto o PCP não pactua, assegurou.
Uma luta heróica
Carlos Carvalhas participava num almoço evocativo das greves operárias pelo pão e pelos géneros que abalaram o fascismo entre 1943 e 1945. O almoço é a primeira iniciativa de um ciclo dedicado a este marco da luta da classe operária portuguesa, promovida pelas comissões concelhias e Loures e Vila Franca de Xira do PCP. Está prevista uma exposição alusiva às greves, complementada por um folheto explicativo que percorrerá, até Maio de 2004, colectividades e praças de ambos os concelhos. Será ainda lançado um vídeo, a ser distribuído pelas escolas. A evocação termina em Vila Franca de Xira, entre os dias 8 e 9 de Maio do próximo ano.
Antes de Carlos Carvalhas, coube a Luís Fernandes, da DORL, intervir sobre o motivo da evocação. Este dirigente do PCP lembrou que 1943 foi um ano marcado pela ascensão das lutas da classe operária, que teriam o seu ponto alto nas greves de 8 e 9 de Maio do ano seguinte. Luís Fernandes recordou que esta vaga de lutas pelo pão e pelos géneros fez-se sentir de forma particular em vastas zonas da margem sul do Tejo e do Ribatejo, mas também em Lisboa, Amadora, Pêro Pinheiro, Loures e Vila Franca de Xira. O membro da DORL lembrou que a reivindicação de pão e géneros estendeu-se aos camponeses de dezenas de localidades.