Compromisso com os trabalhadores<br>e o futuro de Portugal
Ao intervir no encerramento do comício no Palácio de Cristal, Francisco Lopes sublinhou que a candidatura que assume é a única comprometida com os trabalhadores e o futuro do País, e que «só ao povo português cabe decidir sobre quem vai à segunda volta, sobre quem vai ser o Presidente da República».
«Votar em Francisco Lopes é afirmar a indignação e protesto e exigir a mudança»
Recordando que a sua candidatura «tomou a posição necessária e corajosa de dizer não a este Orçamento do Estado e a este rumo, única forma de dizer sim a um rumo de desenvolvimento e justiça social para o povo e o País», Francisco Lopes acentuou que tal demonstra que «é a única que não tem responsabilidades ou quaisquer compromissos com as políticas que estão na base da actual situação», singularidade que se estende ao facto de ser a exclusiva alternativa que «protagoniza uma ruptura com a destruição da produção nacional, a exploração dos trabalhadores, a abdicação nacional, as injustiças sociais», sendo, por isso, «a candidatura dos trabalhadores, por um Portugal com futuro».
Ao afirmar-se como a candidatura patriótica e de esquerda, pela ruptura e a mudança, Francisco Lopes distingue-se, ainda, por corporizar um projecto vinculado a Abril, pois «neste período particularmente difícil que o povo Português atravessa, é isto que significa o juramento solene que o Presidente da República assume: “defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa” e a concretização dos valores e projecto de Abril que ela continua a consagrar».
Expressão do projecto e vontade colectivos
Ao longo de toda a pré-campanha, o capital e seus fiéis servidores procuraram retirar importância ao sufrágio que se realiza dentro de pouco mais de uma semana, mas Francisco Lopes insistiu, mais uma vez, que o voto no dia 23 de Janeiro é uma oportunidade de mudança, uma opção «entre dois caminhos e projectos distintos: aquele que a minha candidatura representa – a perspectiva de uma nova política capaz de livrar o País e os portugueses das dificuldades que a política de sucessivos governos têm imposto; ou a aceitação do rumo de injustiças e desigualdades que qualquer uma das outras candidaturas constitui».
Do Palácio de Cristal endereçou, por isso, «aos trabalhadores e ao povo, um apelo à reflexão sobre o que estas eleições podem representar. Uma oportunidade para darem força e esperança a uma candidatura que confia no País, nos seus recursos e possibilidades, que afirma a valorização do trabalho, das remunerações e dos salários como um factor de dinamização económica e de dignificação das condições de vida; que apresenta a defesa e ampliação da produção nacional como elemento essencial para ampliar a riqueza nacional, promover o emprego, reduzir a nossa dependência externa».
«Nesta candidatura e neste projecto – voltou a referir – não há lugar para o comprometimento com a política de direita, não mora a mínima promiscuidade com a especulação e os interesses do capital. Esta candidatura é expressão de um projecto e vontade colectivas, da coerência, da determinação, da identificação com os interesses dos trabalhadores e do povo.
Verdadeira opção
«A verdadeira opção eleitoral é entre a nossa candidatura, que denunciou e combateu um Orçamento do Estado destinado a impor mais sacrifícios, mais dificuldades e mais pobreza; e os outros candidatos que o patrocinaram, toleraram ou justificaram em nome dos interesses dos mercados, da acumulação dos lucros, das inevitabilidades ou de um alegado mal menor.
«A verdadeira opção é entre os que, como nós, alertaram e se opõem a uma integração europeia que a cada novo passo deixa o nosso país menos soberano e mais dependente, e os que caucionaram o rumo de abdicação nacional, de desonrosa sujeição ao jogo de interesses das grandes potências europeias, de submissa aceitação do saque dos recursos nacionais que o grande capital, os chamados mercados financeiros, desencadearam», considerou.
«A verdadeira opção é entre os que, como nós, erguem os valores da solidariedade e da dignidade humanas inseparáveis do direito ao emprego, de uma mais justa distribuição do rendimento, da valorização dos salários e das pensões de reforma pelos quais lutamos; e os que, refugiados em discursos caritativos e encenada comiseração, exploram a pobreza que eles próprios promovem, instrumentalizando os sentimentos de solidariedade, iludindo as razões e responsabilidades pelo aumento sem fim do número de pobres», alertou Francisco Lopes.
«O que não falta a Cavaco Silva na ruidosa instrumentalização da pobreza, sobra em silêncio de chumbo perante os privilégios fiscais concedidos ao capital, à recusa da tributação dos dividendos, à fuga da fixação de uma taxa de IRC aos bancos idêntica à que qualquer pequena empresa tem de suportar», acusou.
Unidos contra a política de direita
«Chegámos a este comício com força e determinação. Saímos daqui hoje com redobrada energia, com a convicção que vamos avançar, que vamos fazer a diferença, que vamos fazer desta campanha eleitoral uma grande acção de esclarecimento, uma poderosa mobilização para o apoio e o voto na nossa candidatura, para a concretização dos seus objectivos e contribuir para abrir um caminho novo, de desenvolvimento, justiça e progresso social», disse o candidato.
Destacando que a «a minha, a nossa candidatura é alternativa para exercer as funções de Presidente da República», Francisco Lopes relembrou que, por muito que comentadores e analistas manipulem, «só ao povo português cabe decidir quem vai à segunda volta, quem vai ser o Presidente da República».
«Que cada um reflicta e decida em função da sua vida e do futuro do País», disse, para concluir que «a minha, a nossa candidatura é única que une todos os que estão contra a política de direita, a injustiça social e o desastre nacional; é a oportunidade para que todos os que são atingidos e querem um futuro melhor manifestem o seu protesto e indignação afirmando a exigência de mudança».
«O apoio e o voto na minha, na nossa candidatura, é a oportunidade de contribuir para libertar a Constituição da República Portuguesa, libertar o seus valores e projecto, para o desenvolvimento, a justiça e o progresso social, para a afirmação da democracia e da soberania nacionais e dar força e voz à confiança e esperança no futuro melhor a que os trabalhadores e o povo português têm direito».