Agrava-se a crise
Visita à Centralcer, em Vialonga, contacto com trabalhadores da Câmara, nos Olivais, encontro com reformados e deslocação a uma IPSS, em Sacavém, assinalaram, anteontem, o início da campanha oficial de Francisco Lopes no distrito de Lisboa.
A única candidatura alternativa à política de direita
No fim das iniciativas, dando o exemplo da Centralcer, que importa 30 por cento da cevada necessária à produção da cerveja, o candidato salientou que esta pode e deve ser produzida em Portugal. Na empresa tem aumentado o trabalho precário que só não tem maior dimensão graças à intervenção das organizações representativas dos trabalhadores, confirmou a Comissão de Trabalhadores, que reuniu com o candidato.
Acompanhado pelo mandatário da campanha, Libério Domingues, e pelo vereador comunista Rúben de Carvalho, Francisco Lopes visitou depois os serviços municipais de limpeza urbana da Câmara Municipal de Lisboa, nos Olivais, onde mais de 50 trabalhadores sacrificaram o tempo de almoço para escutarem o candidato que, após uma curta intervenção, entusiasticamente aplaudida no final, fez um apelo ao voto.
A campanha seguiu para Sacavém, onde Francisco Lopes foi simpaticamente recebido por cerca de cem aposentados, na Associação de Reformados da Quinta de São José. Ali, lembrou o acentuar das dificuldades sociais para esta camada da população, provocadas pela política de direita e o Orçamento do Estado, apoiado pelos restantes candidatos.
As graves consequências provocadas pelos cortes estatais às Instituições Particulares de Segurança Social foram o tema em destaque na visita à instituição Pomba da Paz, na mesma localidade. Servindo mais de 600 famílias carenciadas, com creche, jardim infantil, ATL e apoio social a idosos, a Pomba da Paz garante refeições diárias às crianças com menos de cinco anos. A falta de meios financeiros obriga a que uma sala de aula totalmente equipada esteja sem crianças, constatou in loco, Francisco Lopes.
A campanha rumou depois a Lisboa, terminando com uma entusiástica arruada, na Rua Morais Soares, e um grande jantar-comício na Voz do Operário.