«Um forte estímulo a esta candidatura» foi como o candidato considerou a arruada na Rua Morais Soares, que terminou na Praça do Chile. Foi realmente «um mar de gente», disse.

Referir que participaram mais de 500 pessoas nesta arruada, iniciada na Praça Paiva Couceiro, não retrata totalmente o que aconteceu, já que a grande maioria de trabalhadores, comerciantes, moradores e transeuntes de todas a idades, abordada pelo candidato, expressou enorme simpatia e apoio ao que consideram ser «a única alternativa política patriótica e de esquerda à política de direita agravada com o Orçamento do Estado, que tem o apoio dos restantes candidatos», recordou Francisco Lopes.

Tantos foram os apoiantes que não couberam no passeio da Rua Morais Soares, gritando constantemente as palavras de ordem, «O povo vai em frente com Francisco, Presidente» e «Francisco avança com toda a confiança».

Visivelmente satisfeito com a enorme participação, Francisco Lopes salientou a importância de se dar continuidade à mobilização dos portugueses para votarem, dia 23, «por uma mudança ao serviço dos trabalhadores e do povo, e dos comerciantes que, como estamos a constatar, estão a viver uma situação difícil com a quebra do poder de compra da população».

«Sinto cada vez mais este desejo de mudança do povo português», afirmou o candidato, que não se cansa de transmitir uma mensagem de esperança contra a resignação, contra a descrença. Na entusiástica arruada, o candidato comunista que não teve mãos nem braços a medir para tantos abraços, cumprimentos, e desejos de boa sorte no resultado eleitoral.

Grande jantar-comício

O salão da Voz do Operário não foi suficientemente grande para acolher os mais de 600 apoiantes que quiseram participar no jantar-comício de apoio à candidatura de Francisco Lopes.

Momento marcante desta iniciativa foi a entrega, pela mão do mandatário distrital, Libério Domingues, de 1805 postais individuais enviados por membros de organizações representativas de trabalhadores, expressando total apoio a esta candidatura. Uma candidatura, lembrou o candidato na sua intervenção, «que combate a resignação, por uma mudança a que aspira todo o povo português».

«Sabemos que a lógica do capitalismo é sonegar os direitos dos trabalhadores, agravar a exploração, impondo retrocessos sociais sem paralelo, provocando mais sacrifícios, mais cortes e mais regressão social». Alertando para os perigos constantes nos PEC e no Orçamento do Estado, «aprovado pelo PS e o PSD, com o apoio dos restantes candidatos», Francisco Lopes salientou que «esta é a única candidatura verdadeiramente alternativa, patriótica e de esquerda, garante da soberania nacional e da autodeterminação do povo português».