Acções de campanha na Moita, Sesimbra e Barreiro

O apoio caloroso da Margem Esquerda

No Sábado, véspera do arranque oficial da campanha eleitoral, Jerónimo de Sousa e Francisco Lopes participaram juntos em iniciativas na Margem Sul. Recepções entusiásticas marcaram estas acções de contacto e esclarecimento envolvendo muitas centenas de pessoas.

Aqui não tem faltado o apoio à luta por uma nova política

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Confirmando a dinâmica ascendente que se tem vindo a sentir semana após semana, por força quer da afirmação das qualidades do candidato quer da justeza dos objectivos da sua candidatura, esta jornada que encerrou a pré-campanha deixa assim antever que até às eleições assistiremos a uma ainda mais vigorosa e mobilizadora campanha da candidatura de Francisco Lopes. Para que o desfecho, a 23, seja em si mesmo um factor capaz de revigorar a esperança, um contributo para as lutas que inevitavelmente se seguirão tendo em vista um futuro melhor.

Foi esse ambiente de contagiante estímulo e confiança que esteve presente na arruada com que se iniciou na Baixa da Banheira – «terra de gente de trabalho», como a definiu Jerónimo de Sousa – o preenchido programa da candidatura nesse dia.

«É preciso votar para mudar este País para melhor», incentivava Francisco Lopes aqui e ali, com à-vontade, sem hesitações, distribuindo beijos e apertos de mão ao longo do eixo principal de comércio que atravessa aquela freguesia do concelho da Moita.

Partindo do mercado, em plena e movimentada manhã, com a Charanga Huga do Rosário a abrir caminho, a multidão de apoiantes de bandeiras em punho, nacionais e da candidatura, ia engrossando a cada passo, num movimento animado e colorido de verdadeira festa.

Lado a lado, Jerónimo de Sousa e Francisco Lopes, acenando aos gestos de saudação oriundos de janelas e varandas, cumprimentando quem estava nos passeios, entrando amiúde no pequeno comércio onde entregavam em mão folhetos da candidatura.

 

Vida difícil

 

«Felicidades», «força», «saúde», «boa sorte para a campanha», foram palavras de estímulo ouvidas repetidamente.

«Então como vai o negócio?» À pergunta do candidato respondeu D. Rosa, florista, à porta da loja com o seu nome, em desabafo que não esconde a agrura de quem deita contas à vida e a vê a andar para trás: «Vai muito mal!».

«É preciso acreditar que Portugal pode ter futuro», replicou Francisco Lopes, num antídoto ao desânimo.

Mais à frente, na Sapataria Carlos», outra voz – a do seu proprietário – , a não calar a indignação: «é o que se vê: o comércio vazio e eles a engordar». Por eles, explicou, entenda-se as grandes superfícies e cadeias de distribuição. O candidato concordou, lembrando que são os mesmos que «arrasam os preços à produção». Francisco Lopes não deixou, de resto, em várias ocasiões, de falar dos problemas das micro, pequenas e médias empresas, lembrando que também elas são vítimas desta política que favorece apenas os grandes grupos económicos e financeiros.

Por isso, no final da arruada, face às preocupações ouvidas, num breve comício perante os muitos apoiantes, Francisco Lopes lembrou a importância do que está em jogo no próximo dia 23, sublinhando que está nas mãos do povo «decidir parte do futuro das suas vidas e do País», «eleger alguém que cumpra a Constituição», «dizer “não” a este rumo que afunda o País».

 

Luta não pára

 

O mesmo acolhimento fraterno, afectuoso, foi observado nas restantes iniciativas em que estiveram nesse dia o Secretário-geral do PCP e o candidato presidencial.

Nas magníficas instalações da colectividade «A Voz do Alentejo», na Quinta do Conde, Sesimbra, inaugurada há menos de um ano, onde se realizou o almoço, foram mais de duas centenas as pessoas que não quiseram faltar com o seu apoio ao único candidato que defende, efectivamente, o «aproveitamento dos recursos», como sejam o mar e as pescas, esse potencial enorme do concelho de Sesimbra.

A defesa dos serviços públicos foi outra das tónicas postas no discurso de Francisco Lopes, que criticou por isso o atraso na construção do Centro de Saúde da Quinta do Conde, apelando à continuidade das acções que forem precisas com vista não só à sua execução como também a suprir a actual falta de médicos e a exigir a construção do novo Hospital do Seixal.

Esta é, afinal, uma pequena parte da imensa luta que está para lá do dia 23, «luta inevitável», como assinalou momentos antes na sua intervenção Jerónimo de Sousa, que não deixou passar em claro as responsabilidades de Cavaco Silva por esta política e por um Orçamento do Estado – «que ajudou a nascer», vincou –, recheado de malfeitorias, de que são exemplos o corte nos salários, o congelamento das pensões, a redução das prestações sociais, o aumento dos impostos e o agravar das condições de vida.

 

Mudar Portugal

 

Na passagem pela Comissão de Reformados da Baixa da Banheira foi ainda a defesa dos serviços públicos, nomeadamente no plano da saúde e da resposta às necessidades dos idosos, a merecer uma atenção particular de Francisco Lopes, que deixou uma palavra de muita confiança e esperança de que «é possível mudar Portugal, com a força dos trabalhadores e do povo», sublinhando ser esse «o grande sinal» da sua candidatura.

A anteceder o comício no Barreiro, no jantar na Colectividade do Penteado, Moita, numa sala completamente lotada, assistiu-se a mais uma demonstração de apoio ao candidato que é portador de «um projecto para o futuro do País».

Participação, alegria e entusiasmo que foram uma vez mais ingredientes fortes a não faltar nesta acção realizada numa terra de gente com forte identidade, insubmissa, que se orgulha do seu passado de luta contra as injustiças, pela liberdade e o progresso.

É que, afinal, como disse Joaquim Judas, mandatário da candidatura pelo distrito de Setúbal, «estamos na Margem Esquerda e, aqui, não tem faltado o apoio à luta por uma nova política, que sirva o povo e assegure a soberania nacional».

«E Francisco Lopes é a imagem e a face desta luta que o PCP trava há muitos anos», acrescentou, confiante de que no distrito de Setúbal, como em todo o País, haverá «uma grande votação» que dará um contributo valioso para as acções e lutas que continuarão para lá do dia 23 de Janeiro.



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Abrir caminho à esperança

Às mais de cinco mil pessoas que encheram o Palácio de Cristal, Francisco Lopes lembrou que «a nossa candidatura comprovou, nestes meses, que é um imperativo nacional, que é de facto a única alternativa que os trabalhadores e o povo português têm para afirmar, nestas eleições, a mudança indispensável ao País». Jerónimo de Sousa, por seu lado, apelou aos trabalhadores e ao povo para que dêem «com coragem, um passo em frente» e, pelo voto no dia 23 e pela continuação da luta, abram «caminho à esperança numa vida melhor para todos os portugueses».

Coragem para dar um passo em frente

Na abertura do período oficial de campanha eleitoral, o Secretário-Geral do PCP instou o povo português a «dar com coragem um passo em frente», e manifestou-se convicto de que «o povo vai querer e nós vamos trabalhar para disputar, em igualdade de circunstâncias, a passagem à segunda volta».

Compromisso com os trabalhadores<br>e o futuro de Portugal

Ao intervir no encerramento do comício no Palácio de Cristal, Francisco Lopes sublinhou que a candidatura que assume é a única comprometida com os trabalhadores e o futuro do País, e que «só ao povo português cabe decidir sobre quem vai à segunda volta, sobre quem vai ser o Presidente da República».

Valorizar o trabalho e os trabalhadores

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