AUKUS agrava insegurança na região Ásia-Pacífico

A China expressou «profunda preocupação» e «firme oposição» à cooperação em matéria de submarinos nucleares entre os EUA, o Reino Unido e a Austrália, no âmbito do denominado AUKUS. Um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, afirmou que a colaboração entre Washington, Londres e Camberra sobre submarinos nucleares mina os esforços para manter a paz e a segurança na região.

A criação da aliança militar trilateral e o avanço da cooperação em tecnologia bélica avançada, como os submarinos nucleares, «fomentam uma corrida armamentista, ameaçam o sistema internacional de não proliferação nuclear e exacerbam as tensões políticas e militares na zona», segundo o diplomata chinês.

Lin Jian destacou que o acordo entre os três países infringe os princípios e objectivos do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), ao transferir tecnologia relacionada com reactores de submarinos nucleares e urânio altamente enriquecido a um país sem armas nucleares (a Austrália).

Para a China, isso representa um grave risco de proliferação nuclear, sublinhando Pequim que o actual sistema de supervisão de garantias do Organismo Internacional de Energia Atómica (OIEA) não é capaz de implementar uma monitorização efectiva dessa cooperação.

A China instou a comunidade internacional a considerar seriamente as repercussões da aliança na autoridade e efectividade do TNP, assim como no sistema de salvaguardas do OIEA. Além disso, exortou os três países a interromper essa cooperação até que se logre um consenso na comunidade internacional sobre as questões legais e técnicas envolvidas.

Recentemente, a Austrália, o Reino Unido e os EUA alcançaram um acordo para a transferência de material nuclear para a Austrália no âmbito do pacto AUKUS (acrónimo em inglês desses países). Os novos submarinos com que contará a Austrália poderão operar mais longe e mais rapidamente e darão à sua marinha a capacidade de realizar ataques de longo alcance.

 



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