Chile: greve vitoriosa na Mina Escondida
Os mineiros da Mina Escondida, no Chile, viram satisfeitas as suas principais reivindicações depois de cinco dias de greve. O sindicato mineiro e a empresa proprietária, a transnacional BHP, acordaram numa nova proposta de contrato colectivo de trabalho.
Transnacional proprietária da Mina Escondida obteve lucros de 6,6 mil milhões de dólares no segundo semestre de 2023
Os trabalhadores da Mina Escondida, na região de Antofagasta, no norte do Chile, representados pelo maior sindicato do sector, e a proprietária da empresa, a transnacional BHP, chegaram a um acordo, no dia 16, após cinco dias de greve dos mineiros e do reinício de negociações entre as partes, mediadas por representantes do Estado chileno.
Os mineiros exigiam o alargamento do período de descanso para os operacionais, a melhoria dos salários, a subida do montante das compensações pelo aumento da inflação e a indemnização aos trabalhadores despedidos, entre outras reivindicações.
A empresa propunha um bónus a cada trabalhador pelo fim do conflito, um reajustamento do salário de dois por cento e um plano de saúde com cobertura total, «oferta» que o sindicato considerou insuficiente.
A Escondida, que é a maior mina do mundo a céu aberto, produz 5,4 por cento do cobre a nível global e 21 por cento do total do Chile.
O consórcio transnacional australiano BHP, proprietário maioritário da mina, explora também no Chile as jazidas Cerro Colorado e Spence. De acordo com dados da própria empresa, no segundo semestre do ano passado teve lucros de 6,6 mil milhões de dólares.