Aumento das rendas e manutenção dos juros avolumam e agravam uma realidade já brutal

O Governo decretou, na prática, o aumento das rendas em quase 7% no próximo ano e isso vai ter consequências brutais na vida de milhares e milhares de famílias. O alerta foi feito quinta-feira, 26, por Paulo Raimundo, para quem o crescimento dos custos com a habitação se soma às dificuldades que quem trabalha sente com o continuado aumento do custo de vida e aos baixos salários e pensões.

Após um encontro com a Associação dos Inquilinos Lisbonenses, na sede desta, o Secretário-Geral do PCP considerou que a reunião não podia ter sido mais oportuna, por duas notícias que marcavam o dia, lamentavelmente não positivas, disse.

A primeira, a já referida subida da mensalidade devida por quem arrenda um imóvel. Ora, se este ano, com a norma travão ao aumento das rendas, estas nunca pararam de crescer, imagine-se o que sucederá no próximo ano, salientou Paulo Raimundo, para quem não há muitas medidas capazes de mitigar os efeitos na generalidade do povo deste favorecimento dos grandes proprietários, os quais, identificou, são os fundos imobiliários que dominam o mercado de arrendamento.

Uma segunda má notícia foi a decisão do BCE de manter as taxas de juro de referência, algo contrário ao que os trabalhadores e reformados de baixos rendimentos precisam. «Estamos perante uma situação social e económica de grande aperto. Precisávamos de medidas que a mitigassem, não que avolumassem e agravassem os problemas», concluiu.

 



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