PCP exige reabertura urgente da Linha da Beira Alta

As direcções das organizações regionais de Aveiro, Coimbra, Guarda e Viseu do PCP defendem a reabertura urgente da Linha da Beira Alta. Em nota conjunta, os quatro organismos partidários começam por recordar que o troço Pampilhosa-Guarda da Linha da Beira Alta «foi encerrado para obras em Abril de 2022, com a promessa de reabertura em Janeiro de 2023». Ora, afirmam, os prazos estabelecidos não só não foram cumpridos como diversas notícias apontam para uma derrapagem de mais de 10 meses na obra, chegando-se a prever que esta decorra ainda no próximo ano.

O PCP realça, porém, que as populações têm ainda na memória «o que aconteceu com o troço Covilhã-Guarda da Linha da Beira Baixa, que esteve encerrado durante 12 anos», assumindo que o mesmo não poderá repetir-se, agora, na Linha da Beira Alta. O arrastamento no tempo dos investimentos é, denuncia, uma «nova forma dissimulada de cativações», uma estratégia que se cruza com a «menor capacidade das estruturas públicas de planeamento do transporte ferroviário».

Considerando necessário dar combate à degradação do serviço ferroviário, os comunistas remetem para uma situação bem conhecida naquela Linha: o troço entre Guarda e Vilar Formoso, realçam, foi «urgentemente requalificado para servir os interesses privados de mercadorias, esquecendo-se as populações locais». Nesse troço, exige o PCP, deveria ser iniciada desde já a melhoria do serviço de passageiros «com horários compatíveis com as necessidades dos trabalhadores e da população».

Continua ainda a faltar uma verdadeira articulação no eixo ferroviário Beira Alta/Beira Baixa, assim como uma ligação ferroviária à Plataforma Logística da Guarda, aproveitando a confluência das linhas das beiras Alta e Baixa. A isto acrescentam-se a necessária ligação internacional pela via de Vilar Formoso e a construção de via dupla entre Alfarelos e Figueira da Foz, incluindo a renovação da ponte de Lares.

São ainda necessárias, aponta, medidas que «potenciem e articulem o transporte ferroviário com outros transportes públicos», o que exige um plano de investimentos ao nível do transporte ferroviário, assim como medidas visando o aumento da oferta rodoviária, a redução dos preços dos passes sociais e a reposição de transportes retirados.

Para já, o PCP reclama medidas imediatas para garantir transportes alternativos às populações afectadas (incluindo transporte de cadeiras de rodas e bicicletas), o reforço da rede, o investimento na modernização, electrificação e reabilitação de linhas e troços, quer para transporte de passageiros quer de mercadorias. A gestão e a exploração, essas, deverão ser públicas.

 



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