Trabalho nocturno e por turnos deve ser excepção

Por iniciativa do PCP, será discutido amanhã na Assembleia da República um projecto de lei que pretende reforçar os direitos dos trabalhadores no regime de trabalho nocturno e por turnos.

É necessário respeitar horários justos de trabalho, de lazer e de descanso

Entre outras questões, motivou a iniciativa legislativa do Partido o cumprimento da reivindicação histórica do princípio das oito horas diárias de trabalho, oito para lazer, convívio familiar e cultura e oito para dormir e descansar. A par disso, como a exposição de motivos do projecto-lei indica, é incontestável que o trabalho diurno é o mais adequado ao ser humano e que o trabalho nocturno, de forma geral, exige um esforço suplementar e provoca diversos danos ao organismo. Desta maneira, o PCP entende que a lei deve partir da afirmação do carácter excepcional do trabalho nocturno e não a sua normalização.

Entre as propostas presentes no projecto de lei está a limitação do trabalho nocturno e por turnos a situações devidamente justificadas; estabelecimento de um valor mínimo de subsídio de turno e a sua contabilização nas compensações por despedimento; a dispensa do trabalho por turnos a grávidas, mães recentes e a menores; antecipação da idade de reforma para o regime de trabalho por turnos e a bonificação na pensão de reforma por cada ano de trabalho nestas modalidades e o aumento da taxa social única a pagar pelas entidades patronais que recorram ao trabalho por turnos ou nocturno.

 

Consciencializar

No âmbito da acção Mais Força aos Trabalhadores, o PCP estará presente em diversos locais de trabalho com um panfleto específico sobre a sua iniciativa legislativa. Para além das propostas defendidas pelo Partido, o documento lembra os responsáveis pela desregulação horária e quem é que lucra com ela – o capital. «Quando eles mexem no teu horário, alguém está a ganhar com isso! Regular e reduzir o horário de trabalho é justo, necessário e possível», pode ler-se.

 



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