Disponibilidade da juventude para lutar e construir
Até chegar ao Partido são diversos e muito diferentes os caminhos que um comunista poderá percorrer. Ao relatar, ao longo dos últimos meses, as histórias de novos militantes, esta foi uma das conclusões explanadas pelo Avante!.
No entanto, esta semana, chega-nos um relato semelhante ao de muitos jovens que diariamente se juntam à luta por um mundo melhor. Tal e qual muitos outros, Inês chegou ao PCP através da Juventude Comunista Portuguesa. A esta, conheceu-a através do contacto directo: um militante, um amigo, uma iniciativa ou uma visita ao Centro de Trabalho do PCP local, foi assim que deu o primeiro passo na sua vida de militância.
Inês, acabada de entrar no Ensino Superior, tem 19 anos, é natural da capital e estuda na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. As primeiras memórias que tem do PCP são de tenra idade, através dos seus avós. Apesar de nenhum deles ter militado no Partido, são alentejanos e viveram de forma intensa o processo da Reforma Agrária e os «tempos agitados do 25 de Abril». Naturalmente próximos do PCP, levaram, por várias vezes, a neta à Festa do Avante!. Este foi o primeiro contacto da jovem com o Partido.
Anos mais tarde, em Outubro de 2021, decidiu juntar-se à JCP e, de forma posterior, ao PCP. O que a fez dar o passo? Foi um amigo que, apenas um mês depois de ele próprio se juntar aos jovens comunistas, já lhe falava da organização e das várias iniciativas por eles realizadas. Assim Inês, leitora ávida de Saramago, recebeu um convite para uma iniciativa no âmbito do centenário do nascimento do escritor. Decidiu ir. Decidiu ir de novo a outra iniciativa sobre o capitalismo e a sua faceta predadora do meio ambiente. Mais uma vez aceitou um convite, desta vez ao 42.º aniversário da JCP, comemorado no ano passado, em Matosinhos. Foi lá que se inscreveu.
A jovem não tem dúvidas sobre o sítio onde está: «entrei na JCP com 18 anos, já muito segura dos meus ideais e da certeza que isto me vai acompanhar para o resto da vida. Tudo o que eu defendo, a JCP e o PCP defendem faz parte do meu dia-a-dia e com o dia-a-dia de qualquer um. Sei que com essas coisas vou sempre concordar».
Sobre a sua integração na organização, Inês descreve-a como «bastante boa». Revela que, desde os primeiros momentos, todos os camaradas se mostraram disponíveis para falar com ela. Para cada uma das suas dúvidas, houve sempre um camarada disponível para as esclarecer e debater. Hoje já é ela que também faz esse trabalho. Entre as várias tarefas que já estão inseridas na sua rotina quotidiana, Inês é a actual responsável do colectivo da sua faculdade, está inserida na Direcção da Organização do Ensino Superior de Lisboa da JCP, está na direcção desse mesmo organismo e mantém tarefas no grupo de trabalho da propaganda da JCP.
A todos os outros jovens que possam ainda ter qualquer tipo de dúvida ou receio sobre militar na JCP ou no PCP, Inês diz-lhes, convictamente, «que entrem». «Ninguém tem de saber tudo, até porque aqui aprendemos coisas novas dia após dia, nas iniciativas, a falar com camaradas mais novos ou mais velhos. Aprende-se muito, de formas muito diferentes. Por isso, entrem e acreditem que será uma das melhores experiências que algum dia poderão ter», afirma.